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Papa assiste sentado à vigília pascal
2002-03-31 20:04:15

O Papa João Paulo II celebrou, ontem à noite, na Basílica de São Pedro, a vigília pascal num altar mais baixo, especialmente construído para as cerimónias desta quadra.


Esta foi a solução que o Vaticano encontrou para que o Sumo Pontífice, que sofre de fortes dores devido à artrose no joelho direito, apenas caminhe e não tenha que subir degraus. João Paulo II, que fará 82 anos no dia 18 de Maio, sofre ainda da doença de Parkinson e foi operado seis vezes em 23 anos, duas delas depois do atentado na Praça de São Pedro.

Apesar da sua debilidade física, João Paulo II oficiará hoje a missa solene da Ressurreição, na qual endereçará a célebre mensagem à cidade e ao mundo (urbi et orbi) e pronunciará a bênção solene. Prevê-se que durante esta cerimónia faça um apelo à paz no Médio Oriente, apelando a que os "senhores" da Terra Santa não ajam como Pôncio Pilatos e lavem as mãos desta tragédia.

A Praça de São Pedro vai ser decorada por doze floristas holandeses com mais de 50 mil flores com as cores do Vaticano: laranja, azul e branco.

Também na cidade de Havana, em Cuba, as celebrações pascais reuniram centenas de pessoas que assistiram à tradicional procissão da Sexta-Feira Santa, na qual foi recriada a paixão de Jesus Cristo.

As procissões católicas foram proibidas pelo regime do Presidente cubano, Fidel Castro, durante 40 anos e só voltaram a celebrar-se depois da visita do Papa João Paulo II ao arquipélago em 1998.

Em Portugal, esta quadra é vivida igualmente em grande dedicação. Que o diga a região do Minho, que é, por excelência, a região das festas e romarias. A primeira grande festa minhota é a Semana Santa, em Braga. Uma semana marcada por três procissões: a do "Senhor Ecce Homo", a "Teofórica do Enterro" e, finalmente, a procissão do "Enterro do Senhor", que normalmente conta com uma grande quantidade de figurantes.

As festividades da Semana Santa começaram, no sábado anterior ao Domingo de Ramos, com a procissão do "Senhor dos Passos".

Calcula-se que ontem, em Braga, estiveram mais de 50 mil pessoas para participar na procissão, o que fez esgotar todos os quartos com uma semana de antecedência.

Fonte DN

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