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Papa Não Deve Fazer a Via Sacra
2002-03-27 19:07:16

Os médicos do Papa estão apreensivos com a insistência das dores no joelho direito de João Paulo II. Perante a aproximação dos actos da Semana Santa, a equipa médica que assiste o Papa aconselha uma limitação de esforços dada "a mais que provável degeneração" da artrose que o afectou no joelho.

Segundo o ortopedista Francesco Bove, o Papa "poderá proceder à cerimónia do lava-pés de Quinta Feira Santa já que nestas condições, se bem que doloroso, não existem problemas em ajoelhar-se". Mas "deslocações com pesos, como a Cruz da 'Via Sacra'", são de "evitar", pois aumentam "o risco de quedas com consequências imprevisíveis". Este foi o último ponto de situação do estado de saúde de Karol Wojtyla, numa altura em que voltaram a surgir rumores sobre uma eventual renúncia de João Paulo II. Mas a existência de cardeais na Cúria Romana defensores dessa demissão é "pura fantasia" e "extremamente inverosímil", como é convicção generalizada de vaticanistas, em relação à notícia de anteontem do "Corriere della Sera", assinada pelo escritor e vaticanista Vittorio Messori. No Vaticano, há cardeais que argumentam que, conhecendo a personalidade de Wojtyla e o "alto sentido que atribui à sua missão", seria o próprio Papa "a considerar esta hipótese com o seu director espiritual e não com os seus colaboradores". Há também quem recorde a única vez em que João Paulo II aceitou referir-se ao tema da renúncia: na Igreja "não há lugar para um Papa emérito", disse ele. Observadores do percurso de Wojtyla ao longo do pontificado manifestam a convicção de que ele não se demitirá, pois tal decisão abriria um "grave precedente" na história da Igreja. Também o teólogo da CasaPontifícia, Georges Cottier, recusou admitir tal cenário, recordando a agenda preenchida do Papa para os próximos meses. A notícia do "Corriere" é encarada como um conjunto de "especulações conduzidas por alguém interessado em difundir o alarme na opinião pública". Não há reacção oficial da Santa Sé ao artigo - a não ser a declaração do porta voz Navarro Valls que pela enésima vez diz que "o Papa está bem de saúde". Na legislação canónica, recorda-se no Vaticano, "não existe nenhum órgão que possa aceitar as demissões".

Fonte Público

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