paroquias.org
 

Notícias






Peregrinos rezam
2002-03-11 23:31:56

O conflito entre judeus e palestinos, como exemplo dramático do sofrimento a que estão sujeitos os povos que habitam zonas de guerra, foi recordado ontem em Fátima pelo bispo D. Serafim Ferreira e Silva, que lançou um apelo à oração.

Na eucaristia da 71ª peregrinação anual da diocese Leiria/Fátima, a que assistiram 30 mil pessoas, o prelado lembrou "os homens e mulheres do mundo que mais sofrem, nas zonas de guerra", como "no Médio Oriente, Israel e os palestinos". À margem da celebração litúrgica, D. Serafim Ferreira disse ao CM que a solução para o conflito israelo-árabe "é o diálogo e a negociação", com "cedências de parte a parte". "Não pode haver retaliação", sublinhou, notando que "o 11 de Setembro é um aviso" e que a política do 'olho por olho, dente por dente' conduzirá, inevitavelmente, "a uma espiral de violência". A eucaristia presidida por D. Serafim Ferreira foi concelebrada por 90 padres, prolongou-se por duas horas e meia e contou com a presença de um bispo italiano, da região de Roma, que veio a Portugal em peregrinação. A cerimónia marcou o encerramento do IV Sínodo de Leiria/Fátima, um período de reflexão que decorreu entre 1995 e 2002 e que traça as linhas mestras do plano pastoral da diocese para os próximos anos. O livro resultante deste trabalho foi simbolicamente oferecido a Nossa Senhora, ontem de manhã, e está agora disponível nas livrarias da diocese e nas paróquias. A renovação permanente e a adaptação dos valores eternos do catolicismo às exigências da modernidade são a mensagem fundamental do Sínodo, que já conduziu à criação da Comissão Diocesana de Justiça e Paz e do Centro de Cultura. Estes sete anos, de acordo com D. Serafim Ferreira, permitiram uma "consulta geral e aberta a toda a gente, para que não seja apenas o bispo a decidir, com o seu clero". Na homilia, o prelado pediu aos fiéis para guardarem o evangelho nas mãos, "mas sobretudo no coração e na vida", seja essa "política, empresarial ou escolar". Dessa forma, explicou, é possível "seguir o caminho da verdade junto de Cristo". "Não queremos ser cegos, nem surdos, nem mudos, queremos fazer alguma coisa mais na sociedade em que estamos para criar um mundo melhor", afirmou o bispo, instigando os peregrinos a visitar doentes nos hospitais, ir a Fátima e à Igreja e praticar a confissão.

Fonte CM

voltar

Enviar a um amigo

Imprimir notícia