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IGREJA ACTUALIZA PREÇOS DOS SERVIÇOS RELIGIOSOS
2000-11-07 19:03:20

Na próxima semana os responsáveis pelas três províncias eclesiásticas, o Patriarca de Lisboa e os arcebispos de Braga e Évora, vão anunciar publicamente a nova tabela dos serviços religiosos que a Igreja presta às comunidades, nomeadamente missas, baptizados, casamentos e funerais.

Embora cada província possa estabelecer os seus 'preços', os bispos das dioceses que compõem a Província Eclesiástica de Braga, que ontem reuniram no Sameiro, decidiram apresentar a proposta que elaboraram às outras duas províncias, "para que seja estipulada uma única tabela para todo o país". O assunto vai, pois, ser debatido por D. José Policarpo, D. Jorge Ortiga e D. Maurílio de Gouveia, à margem da Conferência Episcopal, a decorrer 13 a 16 deste mês, em Fátima. No final do encontro de ontem, que reuniu em Braga os prelados de Aveiro, Braga, Bragança, Lamego, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu, D. Jorge Ortiga não quis adiantar valores, referindo apenas que "os estipêndios vão, de facto, ser actualizados, mas a discussão vai ainda decorrer e, na próxima semana, as tabelas serão aprovadas e oficialmente anunciadas". "O nosso país é relativamente pequeno e não possui grandes diferenças ao nível dos rendimentos das pessoas, por isso, entendemos que seria pouco razoável que uma Missa, por exemplo, fosse referenciada por um valor no Norte, outro no Centro e outro ainda no Sul", afirmou o prelado bracarense. Entretanto, o Correio da Manhã apurou que o custo das missas pode sofrer um aumento de 50 por cento. Nesta altura os fiéis pagam mil escudos, por alturas da celebração de uma Eucaristia, e esse valor deve ser "actualizado" para os 1500 escudos. Apesar de haver, no seio dos bispos portugueses, quem defenda um aumento inferior, apontando um valor de 1200 ou 1300 escudos, a maioria dos prelados, assim como dos sacerdotes que eles representam, apontam os 1500 escudos, dado que "as tabelas reguladoras dos serviços religiosos já não sofrem qualquer actualização desde 1993". Nessa altura - e já lá vão sete anos - uma Missa 'custava' 700 escudos e passou para os mil, o que, em termos percentuais, representou um acréscimo superior a 40 por cento.

'Não estamos no comércio'

"A Igreja não gosta muito de mexer nas tabelas estipuladas, mas não podemos ignorar eternamente os constantes aumentos dos custos de vida", disse o arcebispo de Braga, acrescentando que "o valor a que chegaremos na próxima semana não será nenhum exagero". Apesar de existir uma tabela de preços, oficialmente aprovada, a Igreja não utiliza palavras como 'preço' ou 'pagamento', preferindo chamar-lhes 'estipêndio' ou 'contributo dos fiéis para a Eucaristia'. Partindo do princípio que "uma Missa tem um valor incalculável e, por isso, não tem preço", os bispos preferem dizer que o dinheiro que se dá ao sacerdote quando se manda dizer uma Missa por qualquer intenção é "uma esmola para a Igreja". "Não queremos, de maneira nenhuma, que a Eucaristia seja vista como um comércio, como qualquer coisa que se compra ou se vende", disse ao Correio da Manhã D. Jorge Ortiga, explicando que, "dos mil escudos que os fiéis dão por uma Missa, uma parte é para o pároco, outra é para a diocese e outra, ainda, é para enviar para as diversas dioceses necessitadas de todo o mundo". Na reunião da Província Eclesiástica de Braga, os bispos concluíram que "os fiéis continuam a ser muito generosos para com a Igreja", o que possibilita que "todas as dioceses da Província possuam rendimentos suficientes para que sejam cobertas as despesas correntes".

Fonte CM

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