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Empresários cristãos contra rendimento mínimo
2002-03-09 11:14:53

Banqueiros e empresários católicos pretendem que o Governo que sair das eleições reveja o rendimento mínimo garantido e seja capaz de um menor despesismo na Função Pública.

Num inédito documento dirigido aos líderes partidários e assinado por alguns dos «patrões» mais conhecidos - Jardim Gonçalves, Artur Santos Silva, José Roquette, Ludgero Marques, Manuel Braga da Cruz e Pedro Teixeira Duarte, entre outros -, apela-se «a uma urgente reforma e modernização da Função Pública para se atingir a diminuição da despesa pública».

Integrados na Associação Cristã de Empresários e Gestores, é nessa qualidade que apontam «as prioridades fundamentais para o próximo Governo de Portugal». Invocando «o primado da dignidade da pessoa humana», afirmam contudo ser necessário «combater a ideia errada de que as políticas sociais se fazem contra a economia». Por isso - e numa clara alusão ao programa do rendimento mínimo garantido instituído por Ferro Rodrigues enquanto ministro da Solidariedade - exigem uma «reforma dos programas de solidariedade social, de modo a evitar efeitos perversos contra o fomento do trabalho e contra o estímulo para a inovação e melhoramento das empresas». Por outro lado, apelam a uma nova legislação que permita uma «conciliação entre trabalho e vida privada», particularmente no que respeita ao «acompanhamento dos filhos, especialmente nos primeiros anos de vida».

Entre os diversos erros do «momento actual» - e numa clara alusão, embora não explícita, ao Governo socialista - os subscritores apontam «o desenvolvimento de uma cultura de desresponsabilização e falta de rigor» como sendo a principal causa de um «descontrolo das finanças públicas».

Reivindicando também «a liberdade de escolha de esquemas de Saúde» e de «planos da reforma adequados à realidade familiar», os empresários terminam sublinhando a «evidente necessidade de o Estado ser redimensionado nas suas actividades e nas suas despesas», manifestando ainda apoio a uma «privatização dos excessos de estatização».


Fonte Expresso

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