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"A Crucificada de Balasar"
2002-03-07 19:01:41

A veneração "à irmã Alexandrina" ou à "crucificada de Balasar" ainda hoje encaminha milhares de fiéis à Póvoa de Varzim.

Vão à procura da concessão de graças divinas e fazem as preces junto do seu túmulo, no interior da Igreja Paroquial de Balasar. Alexandrina Maria da Costa nasceu em 30 de Março de 1904 e, devido a uma queda de uma janela quando tentava escapar de uma potencial violação, ficou paralisada e recolheu ao leito aos 19 anos de idade.

Em 1942 iniciou - como "provação do amor a Cristo" - um jejum completo que duraria até à hora da morte, em 1955, apenas se alimentando da "hóstia consagrada". Um facto que levantou dúvidas na comunidade científica e, no ano seguinte (1943), chegou a estar vigiada, 24 horas por dia, no Refúgio da Paralisia Infantil, no Porto, mas os médicos concluíram, ao fim de 40 dias de "absoluta abstinência de sólidos e de líquidos" que ela mantinha "o peso, temperatura, respirações, tensões, pulso, sangue e faculdades mentais, sensivelmente normais, constantes e lúcidas". A ciência não conseguia assim explicar os factos.

Alexandrina, segundo os seus próprios relatos, teve, sob a forma de "êxtases", mais de um milhar de contactos com Jesus Cristo, normalmente às sexta-feiras ou nos primeiros sábados de cada mês. Começaram com uma afirmação, um desiderato para o resto da sua vida: "Sofrer, amar, reparar".

A fama da sua situação percorreu os quatro cantos do mundo, sobretudo junto da comunidade católica. Muitos não resistiram a visitá-la no pequeno quarto, onde transmitia palavras de conforto e de exaltação à devoção. Em 1953 chegou a receber seis mil pessoas num só dia, e quando morreu, a romagem à sua casa, segundo relata "O Comércio do Porto" da altura, provocou um fluxo gigantesco de fiéis: "Desde as treze horas de ontem até às nove da manhã de hoje desfilou sucessivamente na câmara-ardente uma compacta multidão".


Fonte Público

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