paroquias.org
 

Notícias






Comentário à catequese do Patriarca
2002-03-04 17:53:58

"O casamento, enquanto experiência de amor e de comunhão, encontra, no sacramento do matrimónio, a graça de um amor mais generoso e de uma comunhão tão profunda que se funde com a própria comunhão de Cristo com o seu povo", sublinhou ontem, na Sé de Lisboa, o cardeal-patriarca D. José Policarpo, na sua terceira catequese quaresmal de 2002.

"O casamento é uma experiência humana onde é cada vez mais claro que, para o amor não definhar, antes crescer até à perfeição da caridade, precisa da força de Deus. O sacramento do matrimónio, consequência da união dos esposos a Cristo, pelo baptismo, é a fonte dessa força", defendeu D. José Policarpo.
Sendo a própria realidade humana do casamento o sinal sacramental do matrimónio, "os esposos cristãos, por força do seu baptismo, celebram o sacramento, de que são ministros, ao ritmo da vivência da sua união conjugal, vivida na generosidade e na fidelidade", referiu o cardeal-patriarca de Lisboa, tendo-o considerado "um sacramento de celebração contínua, o que ajuda os esposos cristãos a dar à sua vida conjugal uma dimensão de celebração e de louvor".
Após recordar várias passagens do Santo Padre, divulgadas no âmbito das suas catequeses de quarta-feira, D. José Policarpo enumerou "as graças próprias do sacramento do matrimónio", tendo começado por enaltecer
"Globalmente abraçando todas as concretizações, a graça própria do sacramento do matrimónio é o caminho de santidade dos esposos", afirmou, para logo adiantar: "Mais concretamente, a graça específica do sacramento é o aprofundamento da comunhão conjugal (...) Isso supõe a generosidade do dom, a vitória sobre todas as tentações de egoísmo e de auto-procura, a vivência do próprio corpo como sinal de dom e de comunhão e não como busca de si mesmo. No amor conjugal o próprio prazer é oferecido ao outro, na busca de uma plenitude de comunhão".

"Esta graça sacramental ajudará à revelação mútua dos cônjuges, ao respeito pela identidade e dignidade de cada um, à ajuda mútua e fraterna; ensina a perdoar e a acreditar, em cada momento, que o amor é possível, atraídos pela comunhão definitiva no Reino dos Céus", frisou.

Outro aspecto da graça própria deste sacramento "é a sua fecundidade eclesial", concluiu D. José Policarpo. "A comunhão verdadeira entre os esposos prolonga-se na construção da comunidade familiar, como autêntica comunhão de vida e de amor e na edificação da Igreja como mistério de comunhão e esposa de Cristo."

Fonte Ecclesia

voltar

Enviar a um amigo

Imprimir notícia