paroquias.org
 

Notícias






Papa Afasta Arcebispo de Poznan
2002-02-28 13:21:07

O Papa João Paulo II terá afastado do cargo o arcebispo de Poznan, Juliusz Paetz, acusado de abuso sexual de seminaristas e padres da sua diocese, noticiou no domingo a televisão pública polaca (TVP).

A notícia não foi ainda confirmada oficialmente mas, no sábado, o núncio apostólico em Varsóvia, arcebispo Jozef Kowalczyk, encontrou-se em Poznan com o arcebispo Paetz e, segundo a TVP, ter-lhe-à comunicado a decisão papal.

A informação sobre o encontro, de três horas, do núncio com o arcebispo de Poznan foi difundida no domingo pela agência católica polaca de informação KAI.

Num artigo intitulado "Pecado no Palácio Arquiepiscopal", publicado na sua edição de sábado, o diário polaco "Rzeczpospolita" escreveu que "Juliusz Paetz, arcebispo da diocese de Poznan, abusou sexualmente de seminaristas e padres da sua diocese" e que "as tendências homossexuais do hierarca são conhecidas há dois anos". Paetz nega ter abusado sexualmente de padres e seminaristas.

Em resposta ao artigo do jornal, o secretariado de imprensa do episcopado polaco divulgou um comunicado em que sublinha ter o caso sido confiado à Santa Sé, para "esclarecimento e solução".

O presidente da Conferência Episcopal Polaca, cardeal Jozef Glemp, pediu entretanto que não se condene o arcebispo antes de haver provas. Em declarações ao canal de televisão TV Plus, Glemp disse não conhecer a reacção do Papa, mas estar certo de que "o Santo Padre vai fazer tudo para apurar da verdade".

"Se o caso merecer sanções canónicas estas serão por certo empreendidas, mas não condenemos antes que o caso seja julgado segundo as regras em vigor na Igreja", pediu o cardeal. Glemp salientou ainda que as notícias sobre as suspeitas de que é alvo o arcebispo Paetz não deveriam fazer desesperar os católicos.

"O pecado está entre nós como esteve entre os apóstolos. Judas pecou e o pecado está em todo o lado, temos de nos libertar dele. Este caso não é apenas um tema para a comunicação social. É um caso escandaloso, mas só se for provado", acrescentou o cardeal polaco.


Fonte Público

voltar

Enviar a um amigo

Imprimir notícia