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Conhecer as religiões para as entender
2002-02-28 21:54:22

Apesar das guerras religiosas, que tem dividido a Europa nos últimos anos, ainda existem aspectos “determinantes para a vida e construção da Europa no factor religioso”.

A ideia foi defendida durante as Jornadas Teológicas, sobre o “Diálogo Inter-religioso na construção da Europa”, as primeiras promovidas pelo Instituto Superior de Teologia de Viseu (IST).
Atentos a um “crescente pluralismo cultural”, os participantes nas Jornadas salientaram a necessidade de “incluir o factor religioso no espírito de aceitação e valorização das tradições próprias de cada um”. Contra o fundamentalismo, urge “ contextualizar as diversas mensagens para que elas sejam resposta às perguntas reais das pessoas”. A solução pode passar pela “participação”, pois é importante “compreender e reconhecer”.
Para muitos povos esmagados por injustiças, o fundamentalismo “parece ser a única voz”. Enquanto houver “o complexo de superioridade e de inferioridade, haverá sempre injustiças e fundamentalismo aparece como expressão desse mesmo complexo de inferioridade”, afirma o Comunicado final das Jornadas.
No caso especifico do nosso país, assiste-se a um “crescendo da comunidade islâmica e de outras tradições como a hindu, fruto da imigração”, pelo que há a necessidade de “promover o ensino do fenómeno religioso, da cultura e da formação religiosa destas pessoas”. No entanto, caminhar para o diálogo não é “uma qualquer amálgama ou super-mercado de religiões” o diálogo Inter-religioso “não pode servir para desfazer convicções e estimular a neutralidade, tem de ser antes oportunidade para nos afirmarmos melhor cada um na sua identidade”.
No que respeita a Jesus Cristo, centralidade do cristianismo, o Comunicado Final das jornadas, a que a Agência ECCLESISA teve acesso, é bem claro: “ Jesus Cristo vai à nossa frente no diálogo Inter-religioso. Pois Ele é abordado também por outras religiões, embora numa perspectiva diferente. Nós, os cristãos temos de saber ler, aceitar e valorizar o que os outros nos dizem acerca da pessoa de Jesus Cristo, na medida em que nos ajudam a conhecê-l’O melhor”.
No final dos dois dias de trabalho (21 e 22 de Fevereiro), e certos de que estas Jornadas “foram mais um ponto de partida do que chegada”, os participantes deixaram “no ar”, algumas perguntas: ”Como é que o IST há-de integrar nos seus programas a investigação da História e da Teologia das Religiões? Como pode dar o seu contributo para que a Europa recupere a sua alma autêntica? E como podemos ajudar mais o diálogo da fé com a cultura nas nossas dioceses com as comunidades paroquias e outras?”


Fonte Ecclesia

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