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FÁTIMA CONSTRÓI BASÍLICA GIGANTE
2002-02-08 11:29:23

A construção da nova basílica de Fátima, denominada Igreja da Santíssima Trindade, começa dentro de um ano, terá capacidade para nove mil peregrinos e custará oito milhões de contos, revelou ontem o reitor do santuário de Fátima, monsenhor Luciano Guerra.

O anteprojecto do edifício está a aguardar licenciamento pela Câmara de Ourém, seguindo-se a elaboração do projecto de especialidade e o lançamento do concurso, em princípio através do convite a seis empresas da confiança do santuário. Segundo o reitor, a construção começará "no início do próximo ano, demorará pelo menos três anos" e foi "imposto um limite extremo de oito milhões de contos para o orçamento final da obra", de início estimado em 5,5 milhões de contos. O santuário irá ainda despender um milhão de contos na construção de uma passagem subterrânea para os automóveis na avenida D. José Alves Correia da Silva, estando o projecto a ser executado em conjunto com a Câmara de Ourém, que executará as restantes obras, até às duas rotundas. A construção da nova basílica, que ficará situada na praça Pio XII, de frente para a actual basílica, é justificada por monsenhor Luciano Guerra com um estudo das frequências dominicais das missas, nos últimos anos, segundo o qual há uma "tendência na estabilidade" dos grupos de visitantes, verificando-se uma frequência mínima de três mil pessoas na missa das 11 horas, aos fins-de-semana. "As multidões são uma característica de Fátima", explicou monsenhor Luciano Guerra, que falava à margem do 24º encontro de hoteleiros e responsáveis de casas religiosas, organizado pelo serviço de peregrinos da reitoria do santuário, em que participou mais de uma centena de proprietários. A apresentação do projecto da nova basílica, da autoria do arquitecto grego Alexandros Tombazis, constituíu o ponto alto do encontro, pois os hoteleiros tiveram oportunidade de ficar a conhecer a obra em detalhe. Segundo o arquitecto Corsepius, director do serviço de ambiente e construções do santuário, houve uma "grande evolução" do projecto. De início era proposto o rebaixamento da avenida e a solução actual é de um edifício semi-enterrado, em que a entrada é feita com rampas suaves, sem degraus, nem pilares intermédios. A nova basílica terá "dois ou três núcleos principais" constituídos pela igreja, as quatro capelas penitenciais, um 'foyer' e uma cave para apoio e manutenção do edifício. No zona envolvente do recinto será aumentada e melhorada a zona verde e a intenção do reitor é criar um "pulmão verde" entre a Cova da Iria e os Valinhos, para "manter a tranquilidade e evitar a pressão do comércio". Os terrenos envolventes ao recinto do santuário são "preciosos para os peregrinos", que obtêm ali um "suplemento de tranquilidade", disse monsenhor Luciano Guerra, apelando aos proprietários, incluindo as congregações religiosas, para "resistirem à tentação de construir". Os parques de estacionamento serão renovados e aumentados, e "não podem situar-se muito perto do recinto para não afrontar as celebrações, nem muito longe para não afastar os peregrinos", explicou o reitor do santuário.

Fonte CM

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