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Mosteiro prepara regresso dos monges
2002-02-02 19:35:16

O primeiro passo para a instalação de uma comunidade monástica ou religiosa no mosteiro de S. Martinho de Tibães, em Braga, é dado, hoje, com a assinatura de um protocolo entre o Governo, através do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) e a arquidiocese de Braga.


O primeiro-ministro, António Guterres, e o arcebispo-primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, dão "luz verde" ao processo da refundação monástica da antiga casa-mãe dos beneditinos portugueses.
Classificado monumento nacional, o mosteiro de Tibães tem sido alvo, desde 1987, de um processo de recuperação e reabilitação patrimonial, de que resultou já num investimento superior a 7,5 milhões de euros.
Entre 1996 e 2000, Aida Mata, directora do Mosteiro de Tibães, disse que foram lançadas 170 empreitadas, que permitiram a reabilitação da ala norte (e redes de abastecimento de águas, esgotos e combate a incêndios), o restauro parcial da ala poente, incluindo trabalhos de intervenção na casa paroquial, a recuperação do claustro do cemitério e o restauro da igreja.
"Neste momento, os trabalhos concentram-se na consolidação da frente de fruição pública, na criação definitiva das valências e circuitos museológicos e na instalação do centro de documentação", acrescentou.
Os trabalhos, que se enquadram na candidatura ao III Quadro Comunitário de Apoio, estão avaliados em mais 7,5 milhões de euros, encerrando, na opinião de Aida Mata, um ciclo de intervenções "dos maiores de sempre", no quadro do património construído português.

O Mosteiro de Tibães é entendido como um museu-monumento, que dá a conhecer a importância do seu património nos diversos sectores da história e da arte portuguesas.

Futuro reservado à fundação de novo mosteiro
A reutilização do mosteiro de não se esgota com a actividade cultural. A existência da igreja paroquial de Tibães é uma realidade e a fundação de um novo mosteiro beneditino é uma aspiração que se projecta para um futuro próximo.
Passos nesse sentido estão a ser dados pela arquidiocese de Braga, depois do repto lançado pelo IPPAR, em 2001, a D. Jorge Ortiga, para a refundação da comunidade monástica, com a realização no antigo noviciado, que, de acordo com o projecto de reabilitação do
Mosteiro de Tibães, enquadrará a recepção e acolhimento de uma ordem monástica ou religiosa.
D. Jorge Ortiga tem-se desdobrado em contactos - dentro e fora do país -, sendo seu desejo que Tibães "receba, preferencialmente, monges beneditinos".
A Ordem de S. Bento é uma das congregações já convidadas para mudar de casa. A ideia, segundo D. Jorge Ortiga, passa pela junção dos monges de Singeverga, Santo Tirso, e dos beneditinos radicados no Brasil.
Outra alternativa passa pela instalação de uma ordem beneditina feminina, nomeadamente, de Cisterna.
Mas as opções não se esgotam somente nos beneditinos. A Ordem de Cister é outra congregação monástica também já contactada pela Igreja bracarense, já que, lembrou D. Jorge Ortiga, "fizeram vida religiosa nesta região, instalando-se, durante muito tempo, no Convento de Bouro".
A possibilidade de outra ordem de fundação mais recente se instalarem em Tibães não está colocada de lado. "Está tudo em aberto", rematou.


Fonte JN

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