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Paroquianos fazem cortejo para pagar obras na igreja
2002-01-26 11:57:07

Nem que chova, amanhã, a paróquia de Esgueira vai sair à rua, para realizar o primeiro cortejo de oferendas a favor das obras de reconstrução da igreja paroquial, avaliadas em 50 mil contos (cerca de 250 mil euros), que deverão estar concluídas no próximo Verão.


«O último Inverno foi muito rigoroso, havia infiltrações que prejudicavam os azulejos e a estrutura», explica Joaquim Martins. «Deparámos com a igreja em iminente ruptura», prosseguiu o padre que, há doze anos, está à frente da paróquia.
«Só temos tido ajuda do povo de Deus», frisa. Os «amigos da igreja» já deram dez mil contos (cerca de 50 mil euros) e o Governo contribuiu com um subsidio de seis mil contos (pouco mais de 29 mil euros), a que se junta um outro da Junta de Esgueira, de 500 contos (2494 euros).
A campanha para a colocação de telhas possibilitou mais 500 contos (2500 euros).

Em vias de classificação
Demorou 83 anos a construir aquele edifício, do século XVII, que, a 16 de Dezembro passado, comemorou 300 anos de abertura ao culto. A sua maior riqueza são os azulejos interiores, do século XVII, e a capela de Roque Afonso. Possui, ainda, três altares em talhadourada e está em vias de classificação, pelo Instituto do Património (IPPAR).
«Inicialmente, a ideia era rectificar o telhado nas ripas porque pensávamos que estava tudo bem, mas depois descobrimos que era necessário intervir radicalmente», lembra o padre Joaquim Martins.
Fechada desde o Verão passado ao culto - que passsou para as instalações do Centro Paroquial - a igreja vai sofrendo uma remodelação profunda. Onde funciona a sacristia passará a ser o cartório e secretaria paroquial. Terá, também, uma sala museu.
Aquele pequeno templo será separado da capela ao lado e baixará um pouco para «destacar a sua monumentalidade», explica o padre, salientando que as capelas, na outra parte da igreja, tiveram que ser niveladas.

Aquecimento
A igreja levará um forro em madeira e soalho novo. O sistema eléctrico será substituído e o templo será dotado de aquecimento, que está a ser apoiado, tecnicamente, pela Câmara.
No futuro, o pároco de Esgueira quer recuperar os azulejos interiores e as pedras. «Nessa altura, temos que pedir a ajuda do IPPAR, dado serem obras de grande especialidade», antevê Joaquim Martins, que não perdeu a esperança de voltar a dar a dignidade original ao templo, com a retirada do azulejo que foi colocado na fachada, há umas dezenas de anos.
Misericórdia trata telas e talhas
A Igreja da Misericórdia, no centro da cidade, é outro local de culto que está a sofrer algumas obras no interior.
Trata-se do tratamento das talhas, depois da desinfecção e da primeira fase das telas que, segundo o provedor da Santa Casa, Amaro Neves, demorará cinco meses.
O órgão da igreja também está em recuperação, assim como o soalho do coro, que deverão estar concluídos na Páscoa.
A igreja, que estava fechada em 1999, está aberta ao público, mas, apenas, pela porta lateral, enganando muitos visitantes, que pensam estar o templo encerrado. «Tem que ver com questões de segurança e um melhor controlo de quem entra e sai», disse, ao JN, Amaro Neves, salientando que, aos domingos, o acesso se faz pelo portão principal.
A recuperação do órgão foi apoiada pela Câmara, a Universidade de Aveiro, IPPAR e por uma instituição bancária.
Está orçada em 12500 contos (62350 euros) enquanto o tratamento das telas e das talhas ultrapassa os dois mil contos (9976 euros).

Fonte JN

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