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Canção Nova espalha fé através da televisão
2001-12-30 11:44:17

O canal de televisão que mais polémica suscitou nos últimos tempos, continua de pedra e cal, projectando até aumentar o número de emissões a partir de Portugal.

A Canção Nova, retransmitida a partir do Brasil e criada por uma comunidade com a mesma designação,
foi recebida com duras críticas quando chegou ao nosso país, através da TV Cabo. Desde alguns sectores da igreja, a personalidades nacionais ligadas a vários ramos, o canal tem sido objecto de forte contestação, contando, no entanto, com o apoio do bispo da Diocese de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira e Silva.

Comunidade em Leiria
O canal foi para o ar há cerca de seis meses no nosso país e, para isso, foi determinante a presença de um grupo de elementos da comunidade Canção Nova que, há cerca de dois anos e meio, se fixou em Leiria. Escolheram Portugal para divulgarem a palavra de Deus,a exemplo do que faziam no seu país de origem.
E foi na casa cedida pela diocese de Leiria que começaram a dar os primeiros passos para as emissões nacionais do canal de televisão, pertencente à sua comunidade, no Brasil, e retransmitido através da TV Cabo.
Márcio Mendes, de 27 anos, responsável pela comunidade no nosso país, explica que, espalhados pelo mundo, a Canção Nova tem já cerca de 500 missionários. Só no Brasil, a comunidade tem 16 casas. Em Portugal, depois de Leiria, abriram uma outra em Portalegre, tendo também uma casa em Roma.
Márcio Mendes explica que integrar esta comunidade é uma opção de vida, como outra qualquer. "Vivemos com modéstia, por opção, acreditando contribuir para o bem-estar das pessoas, através da mensagem de Deus", explica, adiantando que, no seu dia-a-dia, o grupo
passa por "uma vivência fraterna e sadia".
A televisão surge no processo de evangelização que adoptaram como o meio privilegiado. É quase uma adaptação da sua mensagem aos tempos actuais. "Acreditamos que, se Jesus estivesse vivo, hoje, seria este meio que utilizaria para fazer chegar a sua mensagem", afirma o líder da comunidade.
A primeira reacção dos portugueses ao canal surpreendeu os membros do grupo. "As pessoas reagiam mal, com receios e nunca percebemos porquê", conta. Mas não se deixaram desmotivar, prosseguindo com o projecto, sempre com o apoio do bispo de Leiria.
Actualmente, preparam já o estúdio, em Fátima, numa habitação alugada e fora do recinto do Santuário. Um passo que consideram de extrema importância para poderem retransmitir cada vez mais emissões a partir de Portugal.

Exigências
Até porque a transmissão é um processo nada fácil, segundo explicou José Horta e Costa, um dos principais defensores do projecto no nosso país. "A lei exige que façamos um depósito de 100 mil contos para poder transmitir a partir de Portugal", explica, adiantando que "não temos capacidade para isso, nem para o número de horas mínimas diárias exigidas: nove". Por isso, frisa, optaram pela retransmissão a partir do Brasil.
Relativamente às críticas de que o projecto foi alvo, Horta e Costa admite deverem-se ao "fracasso" do anterior canal católico no nosso país, a TVI. "Foi traumatizante e não deixou boas lembranças", sublinha.

Fonte JN

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