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PAPA LEMBRA CRIANÇAS VÍTIMAS DAS GUERRAS
2001-12-26 14:04:58 O Papa João Paulo II lançou ontem um apelo a favor das crianças vítimas da guerra, virando o seu pensamento em particular para as crianças palestinianas, mas também dos Estados Unidos, Afeganistão e Ruanda.
"Salvemos as crianças para salvar a esperança da Humanidade!", apelou o Papa na mensagem de Natal proferida na basílica de S. Pedro, onde se concentraram dezenas de milhar de peregrinos para ouvir a sua prédica. "Muitas, são muitas as crianças condenadas à nascença, sem que a culpa seja sua, a sofrerem as consequências de conflitos desumanos", lamentou João Paulo II. O Sumo Pontífice católico evocou o nascimento de Cristo, comemorado pelo Natal, afirmando que é possível reconhecer nele os traços "de cada pequeno ser humano que vem ao mundo, quaisquer que sejam a sua raça e a Nação a que pertençam". "É o pequeno palestiniano e o pequeno israelita, é a criança dos Estados Unidos e a criança do Afeganistão, é o filho do hutu e o filho do tutsi (Ruanda)", afirmou. O Papa também implorou "o dom da paz para todos os que são confrontados com conflitos antigos e novos", acrescentando que o seu pensamento pessoal vai todos os dias para "os problemas dramáticos da Terra Santa". O Papa convidou todos os homens a comprometerem-se com a "construção da paz num mundo onde povos e Nações, confrontados com dificuldades numerosas e diversas, têm as suas esperanças numa humanidade globalizada não apenas por interesses económicos, mas pelo esforço constante de um convívio mais justo e solidário". João Paulo II pediu a Jesus Cristo para ajudar "os que crêem e agem, por vezes enfrentando dificuldades, pelo reencontro, diálogo e cooperação entre culturas e religiões". O Sumo Pontífice dirigiu os seus votos de Natal em 60 línguas do mundo inteiro, entre elas o chinês e o urdu (Paquistão), maori, esperanto e latim. Por outro lado, o Papa na tradicional Missa do Galo, expressou a sua angústia pelas tensões sociais e pelas guerras que assolam várias partes do globo, defendendo que o nascimento de Jesus trará a salvação ao mundo. "Neste Natal, os nossos corações estão preocupados e inquietos com a persistência da guerra em muitas partes do mundo, das tensões sociais e da pobreza em que se encontram muitos seres humanos. Todos procuramos uma resposta que nos tranquilize", disse João Paulo II. Devido à tensão que se vive no mundo e às ameaças de atentados, as medidas de segurança foram reforçadas na Praça de São Pedro, onde todos os fiéis que pretendiam acenar ao Papa foram controlados minuciosamente e tiveram de passar por vários detectores de metais.
Fonte CM
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