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Bispo D. Januário critica legalização de imigrantes
2001-12-10 09:07:41

O bispo das Forças Armadas Portuguesas, D. Januário Torgal Ferreira, considerou, ontem, "não ter havido transparência" no fim do processo de legalização de imigrantes, justificando-se com a surpresa demonstrada por muitas associações que trabalham junto dos ilegais.


"Se algumas associações, que mantêm até uma ligação com o sector governativo mais responsável por tudo isto, liderado pelo Alto Comissário (para a Imigração e Minorias Étnicas) não foram informadas de que o processo está a terminar... Isto levanta uma interrogação muito séria", adiantou, ainda, o também presidente da Comissão Episcopal das Migrações e Turismo, em declarações à Agência Lusa.
Preferindo "lançar interrogações", ao invés de comentar a resolução do Conselho de Ministros que pôs fim, dia 30 de Novembro, ao processo de concessão de autorização de permanência a imigrantes a trabalhar em Portugal, o bispo católico não se coibiu, porém, de
assinalar o "carácter estranho que rodeou o cair do pano, ainda que este cair estivesse anunciado".

Transparência
E entre as interrogações que lançou, está sobretudo o "como explicar a surpresa das associações, algumas tão empenhadas, porque não lhes foi dito o dia e a hora em que o processo terminava?".
"Foi pena não ter havido transparência, luminosidade, neste processo", lamentou D. Januário Torgal Ferreira.

Explicações
Mas não é apenas o fim do período de legalização - que já era considerado, mas não indicado com pormenor no decreto-lei 4/2001 -que criou dúvidas a D. Januário.
"Como é que se explica que os cidadãos africanos, que estão cá há tanto tempo, não tenham sido legalizados (antes). É preciso vir uma vaga de imigrantes de Leste...Como se explica?".
A surpresa de trabalhadores e entidades patronais pelo fim da concessão de autorização de residência a imigrantes a trabalhar em Portugal foi também assinalada pelo presidente da Comissão Nacional para a Legalização de Imigrantes (CNLI), Manuel Solla.
Confirmando a existência de muitos pedidos de informação decorrentes do encerramento do processo, Solla avançou que a CNLI decidiu criar uma linha telefónica informativa.
O número 222.080.048 estará disponível a partir de hoje, das 10 às 12 horas e das 16 às 18 horas.

Fonte JN

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