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Templos de Lisboa visitados com a ajuda de um guia
2001-11-27 08:37:17

Um ambiente ecuménico irá marcar na próxima sexta-feira o lançamento do segundo volume do Guia dos Templos de Lisboa.

Representantes do poder autárquico, da igreja católica, da igreja evangélica alemã, da união adventista do sétimo dia, da religião judaica e islâmica irão estar presentes na cerimónia que irá decorrer no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Lisboa, pelas 10h00 e que visa assinalar o lançamento do Guia dos Templos referente à área geográfica das Avenidas Novas da capital. A iniciativa de lançamento desta publicação, editada pela Câmara Municipal de Lisboa com o Centro Nacional de Cultura, contempla um passeio de autocarro com paragem em cada um dos sete templos religiosos referidos no guia. Segundo a vereadora da CML com o pelouro do turismo, Alexandra Gonçalves, “esta publicação oferece uma discrição detalhada de algumas obras de arte da nossa arquitectura”. Por outro lado, “surge como um elemento oportuno para uma maior divulgação junto dos lisboetas e dos turistas (o guia está escrito em português e inglês) de um conjunto de templos pelos quais passam diariamente milhares de pessoas sem que tenham conhecimento da sua riqueza histórica”, salientou ainda a vereadora.

Num roteiro efectuado pelas Avenidas Novas de Lisboa, o guia efectua uma primeira “paragem” na Sinagoga, localizada na Rua Alexandre Herculano nº 59. A sinagoga “Shaaré Tikvá” (Portas da Esperança) foi edificada, entre 1902 e 1904, no interior das novas urbanizações que então se desenvolviam junto do Largo do Rato, sem porta para a rua de acordo com as normas em vigor durante a monarquia liberal para os templos não católicos. O segundo templo “visitado” é a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, localizado na Rua Camilo Castelo Branco, nº 4 e que foi construído nos anos sessenta do século passado. Obra do risco dos arquitectos católicos progressistas Nuno Portas e Teotónio Pereira na qual é recuperado, de acordo com as concepções litúrgicas surgidas após o Concílio Vaticano II, o modelo de “eclesia” romana primitiva, integrando harmonicamente espaços destinados a múltiplas actividades da comunidade cristã. O terceiro templo descrito no guia é a Igreja Central da União Adventista do Sétimo Dia. Com traça do arquitecto Pardal Monteiro a igreja está situada na Rua Joaquim Bonifácio nº17, tendo sido construída em 1924. Pardal Monteiro concebeu ainda a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, erguida entre 1936 e 1938. Este espaço católico conta com vitrais e mosaicos de Almada Negreiros e imagens de Leopoldo de Almeida. Ainda na década de 30 (1934) foi construída na Av. Columbano Bordalo Pinheiro nº 48 a Igreja Evangélica Alemã. Com pequena volumetria de construção e aspecto global de vivenda particular trata-se contudo de um edifício prestigiosos que serve uma comunidade que comemorou este ano duzentos e quarenta anos de permanência em Lisboa. O mais antigo templo referido no guia é a Igreja de S. Sebastião da Pedreira, no largo com o mesmo nome. Edificada em 1652 é um templo proto-barroco, nunca acabado no seu plano primitivo, que presidia inicialmente a um povoado rural. Por sua vez o mais recente templo apontado é a Mesquita de Lisboa, localizada na Rua da Mesquita, perto da Praça de Espanha, foi edificada entre 1979 e 1985. A Mesquita é de tipo oriental com sala de oração ampla, dominada por uma cúpula, e minarete com rampa exterior. Com texto de José Luís de Matos e fotos de Carlos Gil o segundo volume incide sobre uma das áreas mais modernas da cidade, depois do primeiro volume abordar a zona da Baixa Pombalina. No próximo volume serão divulgados os templos existentes na zona ocidental da cidade e o último volume será dedicado à sua parte oriental. A obra que teve uma tiragem de 7500 exemplares é destribuída gratuitamente e pode ser adquirida nos Paços do Concelho da CML ou em qualquer um dos templos.

Fonte CM

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