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Cardeal Patriarca contra partido católico em Portugal 2009-10-12 22:24:25 O cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, rejeitou hoje, em Fátima, apoio dos bispos portugueses à eventualidade de ser criado um partido católico em Portugal.
“Está fora de questão”, afirmou D. José Policarpo, na conferência de imprensa que antecedeu o início da peregrinação internacional aniversária ao Santuário de Fátima.
Sublinhando que “os cristãos não estão proibidos pelos bispos, têm a liberdade cívica plena se quiserem fazer um partido cristão”, o cardeal patriarca garantiu, contudo, que “não contem é com o baptismo solene feito nem pelo cardeal patriarca de Lisboa nem pela Conferência Episcopal Portuguesa”.
D. José Policarpo recordou que já em 1974 os bispos portugueses reunidos em Fátima tomaram a decisão - que classificou de uma “lucidez enorme” - de não apoiar a criação de um partido cristão.
“A palavra de ordem era preparar os cristãos para a pluralidade democrática, portanto partidária”, apontou.
Sobre as relações da Igreja Católica com o Estado, o responsável considerou que “era importante reconciliar a colaboração das forças profanas, das forças sociais, com a presença da Igreja e a sua contribuição positiva para a sociedade”.
“Um divórcio entre a sociedade e a Igreja não é bom nem para a sociedade, nem para a Igreja”, assegurou.
Quanto ao momento político que o país atravessa, o D. José Policarpo sustentou que o “grande desafio” para as forças políticas e outras intervenientes na sociedade, onde se inclui a Igreja, é saber se há ou não capacidade de “nos pormos de acordo sobre aquilo que é para o bem de Portugal”.
“Penso que todos, empresários, forças políticas, partidos políticos, todos os que têm uma responsabilidade na sociedade, esse é um desafio para ver se Portugal está antes da ideologia, do interesse imediato dos lucros, dos interesses partidários e, portanto, convergência, diálogo é importante fazer-se”, disse.
“Temos de encontrar aquilo que é possível fazer para melhorar a vida da nossa comunidade”, acrescentou.
Para D. José Policarpo, o grande desafio que se põe actualmente é a crise.
“A crise há-de passar, todas estas crises têm o seu ciclo e há-de passar, certamente com um ‘boom’ económico”, admitiu, afirmando-se “convencido que haverá um grupo sacrificado quando a crise passar, as pessoas que foram vítimas dela já não vão ser todas recuperadas”.
“Temos de estar atentos que há gente que vai sofrer para o resto da sua vida o impacto e a situação deste período difícil”, afirmou o cardeal patriaca.
Fonte Público
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