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Celebrar uma missa passa a custar dez euros 2008-07-04 22:01:37 Sobe a gasolina e o estipêndio das missas também? Não. Na província eclesiástica de Braga (que inclui nove dioceses do Norte, até Coimbra), o custo pela celebração de uma missa (em memória de um defunto, por exemplo) passa, a partir de hoje, de sete euros e meio para 10 euros. Mas esta alteração é feita de cinco em cinco anos e não tem, por isso, relação directa com a crise económica ou com a subida do preço dos combustíveis.
Na verdade, a última mudança de valor na taxa a pagar pelo custo de uma missa na mesma província eclesiástica tinha acontecido em 2001. Quaisquer alterações nestes valores têm que ser autorizadas pelo Vaticano, que fixa os valores para os cinco anos seguintes a partir das propostas de cada província eclesiástica.
Neste caso, a decisão engloba os actos religiosos da Igreja Católica nas dioceses de Braga, Aveiro, Bragança-Miranda, Coimbra, Lamego, Porto, Vila Real, Viana do Castelo e Viseu.
A tabela com as novas taxas - disponível no site da diocese de Braga, www.diocese-braga.pt - estabelece que, num ofício de exéquias, um clérigo deve receber 25 euros. As regras das dioceses católicas determinam, no entanto, que estes valores são entregues ao fundo paroquial e não directamente ao padre que administra os sacramentos.
No decreto que fixa as novas taxas, os nove bispos recordam que as estruturas eclesiais implicam custos de vária ordem e que sobrevivem, basicamente, à custa das ofertas dos fiéis. Por isso, lembram, há o "cuidado na obtenção de recursos materiais através da partilha de bens tão característica dos cristãos".
Estas taxas dizem respeito a actos diversos como emolumentos, emissão de documentos, celebração de festas, construção de novos espaços, celebração de sacramentos (matrimónio, baptismo).
Um responsável da diocese de Braga garante que há muito trabalho que não é taxado e que a maior parte dos custos dos serviços não é coberta pelas taxas. Apesar disso, os bispos afirmam no documento que institui as novas taxas que elas servem ainda para apoiar padres mais carenciados ou para manter casas do clero.
António Marujo
Fonte Público
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