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Papa diz que a Igreja não faz proselitismo
2007-05-16 22:45:34

Bento XVI pregou o «amor que dá a vida» na missa de abertura da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e das Caraíbas, e disse que a Igreja não faz proselitismo.

«A Igreja não faz proselitismo. Ela cresce muito mais por 'atração': como Cristo 'atrai todos a si' com a força do seu amor, que culminou no sacrifício da cruz, assim a igreja cumpre a sua missão na medida em que, associada a Cristo, cumpre a sua obra, conformando-se em espírito e concretamente com a caridade do seu Senhor», destacou o Sumo Pontífice.
Para um público de mais de 150.000 pessoas que acompanham a missa no Santuário de Nossa Senhora de Aparecida, a virgem negra padroeira do Brasil, Bento XVI disse que «a missão de que Cristo se realizou no amor».
«É o amor que dá a vida. Por isso a igreja é convidada a difundir no mundo a caridade de Cristo, porque os homens e os povos tenham a vida e a tenham em abundância», assinalou o Papa, muito aplaudido pelos fiéis.
«A igreja se sente discípula e missionária desse Amor : missionária somente enquanto discípula, isto é, capaz de deixar-se sempre atrair, com renovado enlevo, por Deus que nos amou e nos ama por primeiro», acrescentou.
Bento XVI considerou como um «dom especial da Providência» que a missa deste sexto domingo de Páscoa esteja a ser celebrada no «coração mariano do Brasil» - em Aparecida (a 167 quilómetros de São Paulo), que abriga o maior santuário da padroeira dos brasileiros.
Num trecho dito em espanhol, o Papa sublinhou que o património mais valioso do continente latino-americano é «a fé em Deus amor, que revelou seu rosto em Jesus Cristo».
«Vós credes em Deus amor: esta é vossa força que vence o mundo, a alegria que nada nem ninguém poderá arrebatar. A paz que Cristo conquistou para vós com sua Cruz: esta é a fé que fez da América Latina o continente da esperança», destacou.
À tarde, Bento XVI abre os trabalhos da V CELAM, que terá a participação de 176 bispos de 35 países, e segue depois para São Paulo, de onde embarca para Roma.
A CELAM prosseguirá até 31 de Maio com discussões sobre vários problemas regionais, como a pobreza, a injustiça social, o crescimento do protestantismo pentecostal na América Latina e a crise vocacional da Igreja Católica.

Lusa / SOL


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