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Papa Bento XVI inaugura nova basílica em Outubro de 2007 2006-10-16 22:48:56 O bispo da diocese de Leiria-Fátima, D. António Marto, vai formalizar nas próximas semanas o convite para que o Papa Bento XVI esteja presente nas cerimónias que encerram os 90 anos das Aparições de Fátima e inaugure a Igreja da Santíssima Trindade, em Outubro de 2007.
O facto do processo de canonização dos videntes Francisco e Jacinta "estar um pouco atrasado" não o preocupa "Com canonização ou sem canonização, eu gostava muito que o Papa estivesse cá".
Em declarações aos jornalistas, momentos antes do início das cerimónias da Peregrinação Aniversária de Outubro, D. António Marto explicou que irá a Roma, acompanhado pelo presidente da Conferência da Episcopal Portuguesa, para fazer o convite formal, e frisou ter "esperança" que o convite seja aceite.
"Espero que saiba compensar um bispo que lhe obedeceu", afirmou o prelado que há cerca de três meses e meio deixou a diocese de Viseu rumo à de Leiria-Fátima, uma indicação dada pelo Papa. D. António Marto admitiu que a mudança "não foi fácil", dado que se sentia "vinculado às gentes de Viseu".
Depois da formalização do convite e do Vaticano aceitar, caberá ao Estado português acordar formalmente a visita de Bento XVI a Portugal, sete anos após a presença de João Paulo II, que no Santuário beatificou Francisco e Jacinta.
O processo de canonização dos videntes "ainda não está completo", faltando "o estudo sobre o milagre". A equipa de peritos médicos que acompanha o processo "é exigente", sustentou o bispo, pelo que não há certezas se todo o processo estará concluído em Outubro, aquando da possível visita papal.
D. António Marto mostrou-se ainda preocupado com os testes nucleares realizados há poucos dias pela Coreia do Norte que, no seu entender, estão a "prejudicar as relações internacionais". "Este teste representa uma dramatização nas relações entre os povos, que pode desencadear uma corrida ao armamento e um tempo de guerra entre as nações", sustentou o bispo diocesano.
A próxima visita do Papa à Turquia foi outro assunto abordado, com o bispo a destacar "a importância do diálogo ecuménico e inter-religioso". Na sua opinião, "a paz no Mundo não se fará sem o diálogo entre culturas e religiões".
Nas palavras que dirigiu aos milhares de peregrinos que estão presentes no Santuário, o bispo pediu a protecção da Virgem de Fátima para o Papa.
"Acompanha o Papa Bento XVI no seu ministério e, particularmente, na sua peregrinação à Turquia", pediu D. António Marto.
António Manuel Santos
36 anos, Vimieiro, Arraiolos
Caminhámos a pé durante cinco dias. Chegámos um pouco cansados, mas estamos bem. Saímos da nossa paróquia, a de Nossa Senhora da Encarnação, no dia 8 e chegámos hoje (ontem). Desta vez viemos 14 pessoas, mas já cá tínhamos estado em Maio. No grupo vieram jovens e pessoas de meia idade e alguns tiveram mais dificuldades na viagem, mas, graças a Deus, chegámos todos bem. Para alguns é difícil a caminhada, mas para mim nem por isso, apesar de estar um pouco cansado. Algumas pessoas vieram por promessas, mas eu venho mesmo por sacrifício. Tenho uma devoção muito grande e uma fé enorme em Nossa Senhora de Fátima e quando posso venho sempre. Já ouvi falar que o Papa pode vir ao Santuário no próximo ano e acho muito bem que venha. É sempre importante a visita de um Papa a este Santuário e com certeza que virá um grupo do Vimieiro.
Há falta de educação espiritual
Maria Teresa Cristina
57 anos, Cascais
Venho a Fátima em Maio e Outubro. Fui educada na Igreja Católica, mas depois comecei por ter pouco tempo. Passei por dificuldades e fui mesmo ao fundo. Há uns tempos, o meu marido, que é motorista, levou um grupo de pessoas a uma peregrinação a Tuy e Pontevedra. Eu também fui e numa pequena Igreja de Tuy houve uma coisa muito bonita e inexplicável. Comecei então a achar que ir apenas à missa ao domingo era muito pouco. Comecei então a dedicar-me mais e hoje estou muito ligada ao movimento da Mensagem de Fátima. Há dois meses pensava que não voltava mais a Fátima, mas afinal aqui estou. Acho que as pessoas têm de ser educadas para peregrinarem, porque vir ao Santuário não pode ser feito como uma excursão qualquer. Choca-me verificar que há muita falta de educação espiritual. Fátima tem de ser vivida e por isso estou aqui com um grupo.
Os bispos que participam no 7.º Encontro das Igrejas Lusófonas manifestaram ontem ao presidente da República, Cavaco Silva, a sua "vontade sincera de cooperar para o desenvolvimento" dos países lusófonos. "Não viemos apresentar dificuldades, mas com a intenção de manifestar vontade sincera de cooperar para o desenvolvimento", afirmou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga."Somos parceiros nesta aventura de promover o desenvolvimento integral dos países lusófonos. Queremos dar o nosso contributo", reforçou. D. Jorge Ortiga disse que Cavaco Silva dialogou com os bispos sobre o trabalho da Igreja nos respectivos países. Exemplificando, referiu que o presidente "mostrou interesse" na situação em Timor-Leste e salientou "A Igreja não se mete em política, mas existe o compromisso e empenho para que o povo timorense continue a desenvolver-se".
Fonte JN
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