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Estádios de futebol cheios inauguram Jornada da Juventude 2005-08-17 21:29:27 Colónia será até domingo a "capital mundial" do catolicismo. Papa Bento XVII chega amanhã.
Fardados de escuteiro, envergando T-shirts, de viola ao ao ombro, com bandeiras nacionais na mão, de jeans, calçando sandálias ou ténis e no rosto um sorriso de orelha a orelha. Esta era a imagem dominante da mole de jovens peregrinos de todo mundo - cerca de 250 mil - que ontem encheram os estádios de futebol de Colónia, Düsseldorf e Hofgarten, em Bona, para as celebrações eucarísticas simultâneas que deram inicio, na Alemanha, à XX Jornada Mundial da Juventude, à qual se juntará a partir de amanhã o Papa Bento XVI.
Presidindo à missa em Colónia o arcebispo da cidade, Joachim Meissner, afirmou que "a Jornada Mundial da Juventude não é apenas um acontecimento católico, mas diz respeito a todo o mundo. A força que conduziu, há dois mil anos, os Reis Magos até Cristo é a mesma que vos trouxe aqui a Colónia, para procurar e encontrar Cristo".
Feliz por receber na sua casa e na sua cidade o Papa, alemão, o arcebispo de Colónia sublinhou que a metrópole no Reno será até domingo "a capital mundial do catolicismo".
A mais rica diocese do mundo - apesar de contar com apenas 2,2 milhões de católicos, o orçamento da diocese é este ano de 678 milhões de euros, valor que ultrapassa não apenas o do Vaticano mas também o de arquidioceses, como a da cidade do México, que congregam 18 milhões de católicos - acolhe até ao próximo domingo 405 mil jovens inscritos.
A estes juntar-se-ão, para a missa de encerramento em Marienfeld, outros 400 mil e ainda 9800 sacerdotes, 759 bispos, 60 dos quais cardeais, 20 mil voluntários e 7800 jornalistas. Os números retratam bem a atenção com que o mundo acompanha a primeira deslocação ao exterior de Bento XVI, agendada ao seu país natal.
A escolha de Colónia deve-se a João Paulo II. O antecessor de Ratzinger está aliás "presente" na cidade através de um retrato gigante - onde se inscreveu "Obrigado João Paulo II" - afixado em frente à catedral, a par com um de iguais dimensões de Bento XVI.
João Paulo II gostaria de ver sair do país da Reforma um impulso de recristianização da Europa: "No século XX as duas catástrofes mundiais partiram da Alemanha. Eu gostaria que no início do século XXI partisse da Alemanha um movimento positivo". Retomando esta aspiração do seu antecessor, Ratzinger, em entrevista à Rádio Vaticano, expressou já o seu desejo de que nesta peregrinação "sopre um vento de nova fé sobre a juventude alemã e europeia". Se este vento, disse, "conseguisse fazer reviver em nós a alegria de conhecer Cristo e conseguisse dar um novo impulso à Igreja que está na Alemanha e na Europa inteira, penso que poderíamos dizer que a Jornada Mundial da Juventude conseguiu o seu objectivo; é o que desejamos, porque precisamente um encontro do género, entre pessoas que chegam de todos os continentes, deveria dar um impulso novo também ao "Velho Continente" que o hospeda".
Considerada como um "teste" à capacidade do novo Papa de chegar ao coração dos jovens, a aprovação de Bento XVI, pelo menos junto dos jovens alemães, poderá já estar ganha. Se não como explicar que a profana revista Bravo, o órgão central da cultura púbere germânica, publique agora um poster do Papa em formato XXL, 80 por 53 centímetros? "A nossa revista ocupa-se de estrelas e para muitos jovens Bento XVI é uma estrela" - é a explicação do director da publicação, Tim Junkersdorf.
Fardados de escuteiro, envergando t-shirts, de viola ao ao ombro, com bandeiras nacionais na mão, de jeans, calçando sandálias ou ténis e no rosto um sorriso de orelha a orelha. Esta era a imagem dominante da mole de jovens peregrinos de todo mundo - cerca de 250 mil - que ontem encheram os estádios de futebol de Colónia, Düsseldorf e Hofgarten, em Bona, para as celebrações eucarísticas simultâneas que deram inicio, na Alemanha, à XX Jornada Mundial da Juventude, à qual se juntará a partir de amanhã o Papa Bento XVI.
Presidindo à missa em Colónia o arcebispo da cidade, Joachim Meissner, afirmou que "a Jornada Mundial da Juventude não é apenas um acontecimento católico, mas diz respeito a todo o mundo". "A força que conduziu, há dois mil anos, os Reis Magos até Cristo é a mesma que vos trouxe aqui a Colónia, para procurar e encontrar Cristo."
Feliz por receber na sua casa e na sua cidade o Papa, alemão, o arcebispo de Colónia sublinhou que a metrópole no Reno será até domingo "a capital mundial do catolicismo".
A mais rica diocese do mundo - apesar de contar com apenas 2,2 milhões de católicos, o orçamento da diocese é este ano de 678 milhões de euros, valor que ultrapassa não apenas o do Vaticano, mas também o de arquidioceses, como a da cidade do México, que congregam 18 milhões de católicos - acolhe até ao próximo domingo 405 mil jovens inscritos.
A estes juntar-se-ão, para a missa de encerramento em Marienfeld, outros 400 mil e ainda 9800 sacerdotes, 759 bispos, 60 dos quais cardeais, 20 mil voluntários e 7800 jornalistas. Os números retratam bem a atenção com que o mundo acompanha a primeira deslocação ao exterior de Bento XVI, agendada ao seu país natal.
Capa da revista Bravo
A escolha de Colónia deve-se a João Paulo II. O antecessor de Ratzinger está, aliás, "presente" na cidade através de um retrato gigante -- onde se inscreveu "Obrigado, João Paulo II" - afixado em frente à catedral, a par com um de iguais dimensões de Bento XVI.
João Paulo II gostaria de ver sair do país da Reforma um impulso de recristianização da Europa: "No século XX as duas catástrofes mundiais partiram da Alemanha. Eu gostaria que no início do século XXI partisse da Alemanha um movimento positivo." Retomando esta aspiração do seu antecessor, Ratzinger, em entrevista à Rádio Vaticano, expressou já o seu desejo de que nesta peregrinação "sopre um vento de nova fé sobre a juventude alemã e europeia".
"Se este vento", disse, "conseguisse fazer reviver em nós a alegria de conhecer Cristo e conseguisse dar um novo impulso à Igreja que está na Alemanha e na Europa inteira, penso que poderíamos dizer que a Jornada Mundial da Juventude conseguiu o seu objectivo. É o que desejamos, porque precisamente um encontro do género, entre pessoas que chegam de todos os continentes, deveria dar um impulso novo também ao Velho Continente que o hospeda."
Considerada como um "teste" à capacidade do novo Papa de chegar ao coração dos jovens, a aprovação de Bento XVI, pelo menos junto dos jovens alemães, poderá já estar ganha. Se não como explicar que a profana revista Bravo, o órgão central da cultura púbere germânica, publique agora um poster do Papa em formato XXL, 80 por 53 centímetros? "A nossa revista ocupa-se de estrelas e para muitos jovens Bento XVI é uma estrela", é a explicação do director da publicação, Tim Junkersdorf.
Helena Ferro de Gouveia
Fonte Público
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