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Assistência espiritual e religiosa é fundamental para qualquer Plano de Saúde 2004-12-10 10:23:26 Os agentes católicos ligados à Pastoral da Saúde consideram que o novo Plano Nacional de Saúde é de uma “importância extraordinária” para a renovação deste sector em Portugal. A posição foi assumida durante o XVIII Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, promovido pela Comissão Nacional da Pastoral da Saúde (CNPS).
Ao longo dos últimos quatro dias, centenas de enfermeiros, médicos e técnicos de saúde estiveram em Fátima com a preocupação de afirmar que o ser humano e o seu bem-estar não se limitam a aspectos físicos ou psicológicos, alertando para a necessidade de se atender ao aspecto espiritual.
O coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde (CNPS), Pe. Vítor Feytor Pinto, defendeu uma maior formação de médicos e enfermeiros para integrarem a assistência espiritual na terapêutica dos doentes, reconhecendo que muitos médicos e enfermeiros “absolutizam a técnica” e “ignoram o apoio espiritual que deve ser dado aos doentes”.
A mesma posição foi manifestada pelo presidente da Comissão Episcopal da Acção Social e Caritativa, D. José Alves, que pediu “uma aposta clara na qualidade da saúde, proporcionando ao doente os recursos disponíveis a nível da medicina, incluindo uma conveniente assistência espiritual e religiosa”.
O novo Plano Nacional de Saúde – Orientações Estratégicas 2004-2010 inclui, pela primeira vez, a questão da assistência espiritual e religiosa como “dimensão da qualidade em saúde e da humanização dos serviços”.
“A Igreja assume a sua responsabilidade na aplicação deste Plano Nacional de Saúde, verificando o que é específico para que saiba responder com clareza às novas exigências”, disse o Pe. Feytor Pinto à reportagem do programa ECCLESIA.
A Pastoral da Saúde, conforme refere este responsável, tem tido uma preocupação constante em estar bem inserida “no tecido dos cuidados de saúde do país”. “Não trabalhamos à margem, não vamos tirar o doente do lugar onde ele sofre para lhe dar uma mezinha”, assinala.
Nesse sentido, o coordenador nacional da CNPS destaca “uma relação estreita que resulta de um trabalho a longo prazo, onde a Igreja se colocar ao dispor para colaborar no bem-estar de todos os doentes que estão sob os cuidados dos serviços de saúde”.
O Pe. Feytor Pinto anunciou que as instituições da Igreja Católica vão reforçar a aposta nos cuidados terminais, adaptando os antigos hospitais das Misericórdias. Recentemente a União das Misericórdias Portuguesas assinou um protocolo com o Ministério da Saúde para implantação da Rede Nacional de Cuidados Continuados.
Neste e noutros casos - como acontece actualmente na saúde mental – a Igreja presta um serviço na área da saúde que, por vezes, substitui o papel do próprio Estado. Olhando a estes níveis de responsabilidade, as conclusões do Encontro lembram ao Estado que é preciso dar “mais apoios” nos campos onde a Igreja tem e quer ter uma intervenção.
Mais qualidade na assistência espiritual e religiosa, e “maior criatividade” no desenvolvimento desta assistência são também preocupações expressas nas conclusões dos trabalhos, que preparam ainda o II Congresso Nacional da Pastoral da Saúde, programado para 2006.
Fonte Ecclesia
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