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BISPO DEFENDE EDUCAÇÃO SEXUAL
2004-02-15 19:25:38

"A educação sexual nas escolas é fundamental e deve começar pelos pais, que têm uma dificuldade extrema em debater estas questões com os filhos", revelou ontem ao CM, D. Januário Torgal. "Os pais devem assumir as suas responsabilidades e participarem activamente na vida da escola", disse D. Januário.

Para a formação dos jovens no contexto sexual, o bispo das Forças Armadas defende que "terá de haver uma colaboração conjunta entre a escola e os pais, pois a prioridade da educação pertence aos progenitores". "A Igreja não deve demitir-se" no ensino da educação sexual nas escolas, referiu D. Januário, apontando num quadro de liberdade religiosa a necessidade de serem defendidos pontos como "não pode haver sexo por sexo, a importância da ternura, dos valores afectivos e a capacidade da vontade". O ensino do uso do preservativo nas escolas "não pode ser", segundo o bispo, "o ponto de partida da educação sexual". "As pessoas devem dialogar sobre o tema para chegarem às análises correctas", sustentou.

Na análise da sexualidade, o bispo das Forças Armadas admite o uso do preservativo para combater o flagelo da sida. No entanto, D. Januário sublinhou: "estão constantemente a lançar-se pedras contra a Igreja" por esta ser contra o uso de contraceptivos, esquecendo-se que "os portugueses - que na sua maioria não utilizam preservativos - também não ouvem as recomendações científicas que defendem o seu uso".

"Onde está a culpa?", interroga-se D. Januário, defendendo que é necessário estudarem-se e ouvirem-se as diversas opiniões sobre o uso de contraceptivos e não entrarmos numa guerra de se ser a favor ou contra o uso do preservativo. Recusando o preservativo como "uma solução absoluta", D. Januário admitiu o seu uso lançando o exemplo: "Já que andas nessa má vida ao menos não mates ninguém".

Fonte CM

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