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Um Natal sem Advento... 2003-11-06 22:01:54 Nestes dias, indo eu, passeando, pelas ruas da Baixa do Porto, qual não foi o meu espanto ao ver (já) as principais artérias, lojas e centros comerciais, enfeitados com frases e motivos alusivos à época natalícia.
O mais caricato é que juntamente com os pinheiros, azevinhos e luzes cintilantes, viam-se bruxas, esqueletos, teias de aranha e vassouras voadoras, nas montras, relativas às celebrações do Halloween, vulgo «Noite das Bruxas» que se assinalou na passagem de 31 de Outubro para 1 de Novembro.
Assim se vê, claramente, o sincretismo cultural, próprio da «Nova Era» que se vive na nossa sociedade. Adoptam-se festas que nada têm a ver com a nossa cultura (S. Valentim que suplanta o nosso Santo António; a Noite das Bruxas que desvirtua a celebração do dia de Todos-os-Santos; o Dia de Fiéis Defuntos que passa a ser de Finados, etc...).
Já há muito tempo que se vem assistindo à subversão do Natal de Jesus Cristo, pela chamada Festa da Família, nome que tentam impor, como referência ao Dia de Natal.
Os cristãos, após a reforma litúrgica, têm vindo a cristianizar alguns símbolos, como o pinheiro de Natal (Tronco de Jessé); a ensinar a verdadeira origem do Pai Natal (S. Nicolau); a implementar a Coroa de Advento, como preparação para o nascimento de Jesus de Nazaré, que se celebra no dia 25 de Dezembro.
Nós, cristãos, não podemos deixar subverter os nossos símbolos, as nossas festas e tradições. Temos que reagir, através de um aprofundamento das verdades da fé cristã e da razão de tais celebrações.
Não devemos embarcar nesta lógica de mercado, que cria stress nas crianças, depressões nos pais por não poderem oferecer a boneca da moda ou o jogo de computador de última geração, ou os idosos e doentes para quem o Natal é memória doutros tempos em que tinham uma família que os amava.
É preciso viver cada tempo, na sua devida altura, pois, como diz o Eclesiastes «há um tempo para tudo», e antes do Natal há sempre Advento.
Sérgio Carvalho
sergio-carvalho@mail.pt
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