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O 25º aniversário do Pontificado de João Paulo II 2003-10-16 00:25:05 Acontece neste ano o 25º aniversário de Pontificado de João Paulo II. Por todo o mundo eleva-se um fervoroso hino de louvor e agradecimento ao Senhor por este dom precioso que ofereceu à sua Igreja.
Ressoam ainda nos nossos ouvidos as palavras por ele pronunciadas no inesquecível dia 16 de Outubro de 1978 desde a Basílica de São Pedro: “Não tenhais medo, abri as portas a Cristo”. Estas palavras, com as quais o Cardeal Karol Wojtyla, recém-eleito Papa, se apresentou à Igreja e ao mundo como novo sucessor de Pedro contêm a essência e iluminam este Pontificado.
Um Pontificado cada vez mais intenso e fecundo é o deste Papa “vindo de longe”. No conjunto de todos estes anos, ele exerceu uma inesgotável e eficaz acção pastoral a todos os níveis da Igreja e da sociedade do nosso tempo. As suas numerosas peregrinações apostólicas são disso uma das mais perfeitas expressões: na esteira de Paulo, também este Papa se colocou a caminho pelo mundo, para anunciar o Evangelho a todos os homens e a todos os povos. Ele foi assim o missionário número um da Igreja.
Uma outra característica do Pontificado do Papa Wojtyla é a sua proximidade ao homem de hoje. Na Encíclica programática “Redemptor hominis” o novo Pontífice afirmava que “o homem é o caminho da Igreja”. Em plena sintonia com esta afirmação o Papa, num mundo complexo e atribulado como o nosso, esteve sempre próximo do homem, dos seus problemas, defendendo sempre com vigor e coragem, em nome do Evangelho, a dignidade da pessoa humana, os seus direitos fundamentais que são sagrados e intocáveis. A ofensa ao ser humano é e será sempre uma ofensa a Deus, o seu criador.
Não é possível esquecer tudo quanto fez este Papa pela paz entre os homens e entre os povos. As suas mensagens anuais sobre a paz são estupendas lições sobre esse precioso dom que Cristo, Príncipe da paz, veio trazer ao mundo. Os seus frequentes e apaixonados apelos à paz fundada sobre a justiça e o perdão são fortes chamadas de atenção sobre a obrigação que todos têm em serem verdadeiros e convictos construtores da paz.
Mas, no 25º aniversário do Pontificado de João Paulo II, gostaria de sublinhar de modo particular, como Prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, um aspecto essencial do mesmo: a santidade. O que diz respeito à santidade é, sem dúvidas, um dos argumentos fundamentais do Magistério do actual Pontífice. A sua valorização, seja a nível teológico seja a nível pastoral, foi sempre um dos pontos basilares do ministério petrino desde o início do Pontificado.
A santidade, recorda frequentemente o Papa, pertence à própria natureza da Igreja, ao seu ADN, é um dos seus elementos constitutivos. A Igreja de Cristo é chamada a ser a “Chiesa del grembiule” (Bispo Bello), ou seja, da acção ao serviço pastoral dos irmãos, mas também e acima de tudo, a ser a “Igreja da santidade“.
A suscitar esta santidade está toda a actividade pastoral da Igreja: “Não hesito em dizer – lê-se na Novo Milennio Adveniente – que a perspectiva em que se deve colocar qualquer caminho pastoral é a da santidade” (NMI, 37)
A nossa alegria pelo 25º aniversário de Pontificado do actual Pontífice, o Papa da santidade, torna-se oração para que o Senhor lhe conceda ainda muitos anos de vida. A Igreja e o mundo têm necessidade do seu testemunho profético, do seu labor apostólico e do seu rico e fecundo Magistério. “Dominus conservet eum”
Setembro de 2003,
Cardeal Saraiva Martins, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos
Fonte Ecclesia
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