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É preciso que a sociedade redescubra o valor da família
2003-09-17 22:17:31

Agência ECCLESIA – A que se deveu a escolha do tema da família para estas Jornadas?
D. Maurílio de Gouveia – O tema surgiu numa reunião de responsáveis eclesiais realizada no fim do passado ano pastoral de uma maneira quase espontânea. Nós que tínhamos terminado o plano trienal para a diocese decidimos dedicar os próximos três anos a um tema actual, como é o da família.


AE – Nestas Jornadas falou-se muito de família enquanto comunidade de amor, mas evitou-se a expressão “família cristã”. Porque?
MG – É preciso que a sociedade redescubra o valor da família, porque sem ela a sociedade não se sustenta.
A ideia é dedicar uma atenção especial à família como comunidade fundamental na vida da Igreja e da sociedade, que entra na própria natureza humana, mas é evidente que queremos que a família cristã viva o que ela é – levando a comunidade diocesana a reflectir seriamente sobre isso – e depois incrementar a acção da Igreja neste sector.
Houve uma preocupação nos últimos anos para que existisse o Centro Pastoral Familiar, preparando as pessoas para o casamento. Porém, é preciso ir além, acompanhar as famílias jovens, procurar dar respostas a problemas como a ligação família-paroquia, família-sacramentos ou família-escola.
No fundo, deseja-se que a acção da Igreja esteja centrada na família, cuja desagregação tem consequências gravíssimas, sobretudo para a juventude.

AE – O primeiro ano do plano pastoral parte da interrogação “o que dizes de ti?”. O que a Igreja diz sobre a família não é o que a família diz de si mesma?
MG – Esta interrogação é um desafio às famílias, para que a partir das respostas se inicie uma acção que leve a família a viver de acordo com o que ela é de facto.

AE – Que iniciativas estão projectadas para este ano pastoral?
MG – Podemos dizer que elas decorrerão em dois níveis: há uma comissão diocesana, de especialistas em várias áreas do saber, que vai realizar uma série de encontros para que a acção da Igreja seja fundamentada; isto vai culminar num fórum, no final do ano, em que as questões sejam debatidas largamente.
Há um segundo nível que visa despertar todas as comunidades paroquiais para a realidade da família. Por vezes não existem grupos atentos, pelo que queremos formar pequenos núcleos que actuem como factores de dinamização da pastoral familiar em cada comunidade.

AE – A família aparece enquanto tal nas paróquias da diocese?
MG – Há uma certa imagem negativa, com algum fundamento histórico, em relação ao sul do país e um dos traços negativos estava na ausência de homens nas nossas igrejas.
A verdade é que nas últimas décadas tem havido uma mudança substancial, sobretudo por causa dos cursos de cristandade, e verifica-se já uma presença importante de casais. Aliás, posso mesmo falar de uma participação cada vez mais intensa de vários casais jovens.

Fonte Ecclesia

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