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Inteligência Espiritual

  Sábado, 5 de Outubro de 2024    Orações Terço Via-Sacra Via Lucis

5.1 A favor ou contra Jesus

O Credo nada diz do tempo que vai do nascimento de Jesus à sua morte violenta (no ano 30). Quem quiser compreender como é que Jesus pôde chegar a um fim tão ignominioso, terá de recorrer ao testemunho dos evangelistas. Estes falam dos sinais, dos milagres e prodígios de Jesus, para que as pessoas dêem conta de que o Reino de Deus está próximo: Jesus cura os doentes, toca os leprosos e estes ficam sãos, liberta os possessos do poder do demónio, numa palavra, realiza acções que em Israel se esperam do Messias. Jesus fala de Deus duma maneira nova. Conta parábolas e ensina de tal modo que as pessoas simples compreendem o que Ele diz do Pai.

Jesus encontra discípulos que lhe confiam a sua vida. Mas há também pessoas que duvidam e O rejeitam. Os seus adeptos são quase sempre gente modesta, com pouca influência: entre os seus seguidores mais próximos, os apóstolos, não há sequer um doutor da Lei.

Os dirigentes religiosos, os sumos sacerdotes e os doutores da Lei, procuram evitar o aparecimento de heresias em Israel. Desde o princípio observam, com desconfiança, Jesus e o movimento que Ele suscita.

Num sábado, ao curar a mão atrofiada dum homem, protestaram: Jesus não respeita as prescrições de Moisés. É um pecador. Não é permitido curar ao sábado.

Quando exorciza um possesso, exclamam: Ele também é possesso, de contrário não teria poder sobre os demónios.

Até em Naim, quando encontra um cortejo fúnebre, Jesus não fica indiferente. Não olha como simples espectador para o sofrimento da mãe em lágrimas. Não diz aos que sofrem: "A vida é assim", ou então: "É a vontade de Deus, tens de aceitá-la". Aproxima-se do caixão e reanima o morto. Onde quer que Jesus Se encontre, os que sofrem são consolados, a morte dá lugar à vida. Esta experiência vale enquanto houver mães que choram e amigos que estão de luto.

Alguns dizem: Jesus é bom. Outros: Não, manipula as multidões, é um falso profeta.

Os fariseus e os doutores da Lei procuram levar Jesus a cair numa armadilha. Enviam mensageiros encarregados de espiá-l'O, mas estes nada encontram de negativo contra Ele. Uma vez que os fariseus e os doutores da Lei não acreditam que Jesus é o Messias, põem-se contra Ele e decidem levantar-Lhe um processo, acusando-O de blasfémia, para assim poderem condená-l'O à morte.

Quando o Sumo Sacerdote pergunta a Jesus: "És tu o Messias, o Filho de Deus?", Jesus responde: "Sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do Todo-Poderoso, e vir sobre as nuvens do céu". Então o Sumo Sacerdote rasga as vestes e diz: "Que necessidade temos ainda de testemunhas? Ouvistes a blasfémia! Que vos parece?". Todos se pronunciaram dizendo que Jesus era réu de morte (Mc 14,61-64).

 


Estar junto d'Aquele
que faz falar os mudos,
que Se dirige aos surdos de tal maneira
que os ouvidos se abrem;

ser testemunha de que
os perseguidos respiram aliviados
e os oprimidos levantam a cabeça.

Ver como os extraviados reencontram o caminho,
como são acolhidos de braços abertos
os que regressam,
e encontram com alegria
o seu lugar à mesa.
 

Sumo Sacerdote: O sacerdote mais importante, o presidente do Sinédrio, o intermediário entre os judeus e o ocupante romano ao qual deve a sua entronização. Desde o ano 6 ao 15 depois de Cristo era Anás o sumo sacerdote em Jerusalém; do 18 ao 36 d.C., ocuparam este cargo os seus cinco filhos e o seu genro Caifás.

Sábado: O sétimo dia da semana é, para os judeus, um dia de festa e de culto religioso. Ao longo dos séculos numerosos preceitos regulamentaram o que era permitido e proibido neste dia de repouso.

Fariseus: Significa "os separados". Um partido político e religioso composto por homens piedosos que defendiam a rigorosa observância das prescrições de Moisés e viviam de acordo com elas.



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