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3.2 Jesus Cristo, Filho de Deus
Jesus Cristo, o Messias, fala de Deus como mais ninguém o fez, de um modo único: directo e íntimo. Em tudo o que diz ou faz, é um com o Pai. Ele conhece a vontade do Pai. Não necessita dos Livros Sagrados nem de mestres para aprender. Por isso Jesus pode contradizer os doutores da Lei quando estes, em nome de Deus, restringem a liberdade das pessoas que lhes estão confiadas, dificultando-lhes a vida.
Jesus aproxima os homens de Deus e traz Deus aos homens. Cura os doentes ao sábado. Come com os publicanos e não evita os excluídos da sociedade e das cerimónias religiosas. Perdoa em nome de Deus aos que cometeram pecados e encoraja-os a mudar o seu modo de viver.
Muitos homens e mulheres encontram-se com Jesus. Alguns perguntam: Quem é este homem? Um profeta de Deus, talvez? Outros enchem-se de espanto e confiam n'Ele. Outros perguntam com desconfiança: Quem Lhe terá dado tão grande poder? Outros dizem Ele blasfema. Outros, ainda, comentam: Cristo, quando vier, fará milagres maiores do que o que este faz? (Jo 7,31).
Mas todos, qualquer que seja a sua opinião, sentem que o mistério do ser de Jesus está relacionado intimamente com Deus.
Em Israel, quando se queria dizer que uma pessoa estava particularmente unida a Deus, dizia-se: é um "filho de Deus". Ao povo de Israel, por ser o eleito, chamamos-lhe "filho de Deus" (Ex 4,22). Aos reis que governam o povo em representação de Deus, que é o Rei, é-lhes dado no dia da sua entronização e da sua unção, o título honorífico de: "Tu és meu filho" (SI 2,7). Quando dizemos: "Jesus é o Filho de Deus", queremos dizer mais do que isso. Jesus está unido a Deus de um modo muito mais íntimo que o rei ou o povo de Israel. Nada no mundo dos humanos é comparável à relação de Jesus com o Pai. Os evangelistas sublinham este facto quando testemunham que Deus mesmo, em dois momentos cruciais da vida terrestre de Jesus, O proclamou seu "Filho muito amado": por ocasião do seu Baptismo no Jordão, antes de Jesus iniciar a sua missão de pregador itinerante, e no Monte da Transfiguração, antes de Jesus subir a Jerusalém para aí sofrer e morrer.
Quando Pedro, o primeiro dos apóstolos, confessa: "Tu és o Cristo. O Filho do Deus vivo" (Mt 16,16), Jesus responde-lhe: "Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne e o sangue que to revelou, mas meu Pai que está nos céus".
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Jesus disse a Nicodemos:
Deus amou tanto o mundo
que lhe deu o seu Filho unigénito,
para que todo aquele que acredita n'Ele não se perca,
mas tenha a vida eterna.
EVANGELHO SEGUNDO SÃO JOÃO 3,16
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Publicanos: Cobram os impostos por conta do ocupante romano, assegurando assim os seus rendimentos. Por vezes exigem em excesso. São desprezados por todos e ninguém deseja relacionar-se com eles.
Filho de Deus: Jesus está unido a Deus de um modo diferente e mais íntimo do que o povo de Israel com os seus reis. Ele é, como dizem os Padres da Igreja, "Deus de Deus, luz de Luz, nascido de Deus, da mesma natureza que o Pai".
Apóstolos: Apóstolo significa "enviado", "mensageiro". Simão Pedro, Tiago e João, os filhos de Zebedeu, André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, o filho de Alfeu, Tadeu, Simão o Cananeu e Judas Iscariotes que O entregou (Mc 3,16-19). Doze homens que Jesus escolheu entre todos os seus discípulos. Pedro é o primeiro dentre eles.
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