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Inteligência Espiritual
 

Daniel 3


3 A estátua de ouro (2 Mac 7; Is 43,2) - 1*O rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, com a altura de sessenta côvados e com seis de largura, que levantou na planície de Dura, na província da Babilónia. 2*E depois mandou convidar os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os legistas, os juízes e todas as autoridades das províncias, para vir à inauguração da estátua, que o rei Nabucodonosor tinha erigido. 3Assim, pois, juntaram-se os sátrapas, os prefeitos, os governadores, conselheiros, tesoureiros, legistas, juízes e todas as autoridades das províncias, para a inauguração da estátua levantada pelo rei e, diante dela, todos permaneceram de pé.
4*Por meio de um arauto foi feita, então, a proclamação seguinte: «Povos, nações, gente de todas as línguas, eis o que se traz ao vosso conhecimento: 5*No momento em que ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da cítara, da lira, da harpa, do saltério e de toda a qualidade de instrumentos de música, prostrar-vos-eis em adoração diante da estátua de ouro, que o rei Nabucodonosor levantou. 6*Todo aquele que não se prostrar e não adorar será imediatamente lançado na fornalha incandescente.»
7Logo que ouviram o som da trombeta, da flauta, da cítara, da lira, da harpa, e de toda a espécie de instrumentos de música, todos os povos, nações e populações de todas as línguas prostraram-se em adoração diante da estátua de ouro, erigida pelo rei Nabucodonosor.

Condenação dos amigos de Daniel - 8*Neste mesmo instante, certos caldeus aproximaram-se e denunciaram os judeus. 9Dirigindo-se ao rei Nabucodonosor disseram: 10«Tu mesmo, ó rei, publicaste o decreto de que todo o homem que ouvisse o som da trombeta, da flauta, da cítara, da lira, da harpa, do saltério e de toda a espécie de instrumento musical teria de se prostrar em adoração diante da estátua de ouro, 11e que qualquer que a isso se negasse seria lançado na fornalha incandescente. 12Pois bem, há aí alguns judeus a quem confiaste a administração da província da Babilónia, Chadrac, Mechac e Abed-Nego que não respeitaram o teu decreto. Não prestam culto aos teus deuses e não adoram a estátua que tu levantaste.»
13Nabucodonosor, irritado e furioso, mandou comparecer Chadrac, Mechac e Abed-Nego, os quais foram imediatamente levados à presença do rei. 14Disse-lhes Nabucodonosor: «Chadrac, Mechac e Abed-Nego, é verdade que rejeitais o culto aos meus deuses e a adoração à estátua de ouro erigida por mim? 15Pois bem! Estais dispostos, no momento em que ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da cítara, da lira, da harpa, do saltério e de qualquer outro instrumento musical, a prostrar-vos em adoração diante da estátua que eu fiz? Se não o fizerdes, sereis logo lançados dentro da fornalha ardente. E qual o deus que poderá libertar-vos da minha mão?»
16Chadrac, Mechac e Abed-Nego responderam ao rei Nabucodonosor: «Não vale a pena responder-te a propósito disto. 17*Se isso assim é, o Deus que nós servimos pode livrar-nos da fornalha incandescente, e até mesmo, ó rei, da tua mão. 18E ainda que o não faça, fica sabendo, ó rei, que não prestamos culto aos teus deuses e que não adoramos a estátua de ouro que tu levantaste.»
19Então explodiu a fúria de Nabucodonosor contra Chadrac, Mechac e Abed-Nego; a expressão do seu rosto mudou e levantou a voz para mandar que se aquecesse a fornalha sete vezes mais que de costume. 20Em seguida, ordenou aos soldados mais vigorosos do seu exército que amarrassem Chadrac, Mechac e Abed-Nego, a fim de os lançar na fornalha incandescente.
21Então, estes homens com as suas túnicas, com as suas roupas, mantos e demais vestuário, foram ligados e atirados à fornalha ardente. 22Mas os homens que, por ordem premente do rei, tinham aquecido extraordinariamente a fornalha e para ali tinham atirado Chadrac, Mechac e Abed-Nego foram mortos pelas chamas, 23ao mesmo tempo que eram precipitados na fornalha os três jovens ligados.

Cântico de Azarias (Esd 9,5-15; Ne 9,6-37; Br 1,15-3,8)
24Então, passeavam no meio das chamas,
louvando a Deus e bendizendo o Senhor.

25Azarias, de pé no meio das chamas, fez esta prece:
26*«Bendito e louvado sejas, Senhor,
Deus dos nossos pais!
Que o teu nome seja glorificado pelos séculos!

27És justo em toda a tua conduta para connosco;
as tuas obras são rectas,
os teus caminhos rectos
e os teus juízos equitativos.

28Fizeste um juízo equitativo em tudo o que nos infligiste
e em tudo o que infligiste à cidade santa de nossos pais, Jerusalém;
é por efeito dum juízo equitativo
que nos infligiste tudo isto,
por causa dos nossos pecados.

29Pecámos, prevaricámos, afastámo-nos de ti;
em tudo temos procedido mal;
e não observámos os teus mandamentos.

30*Não os temos posto em prática,
não temos observado as leis que nos deste
e que eram para nossa felicidade.

31Em todos os males que mandaste sobre nós,
em tudo o que nos infligiste,
foi uma sentença justa que aplicaste.

32Entregaste-nos nas mãos de injustos inimigos,
de ímpios encarniçados, sem lei,
e a um rei, o mais iníquo e perverso de toda a terra.

33Agora não ousamos mais abrir a boca.
Vergonha e infâmia acabrunham os teus servos
e todos os que te adoram.

34Pelo teu nome, não nos abandones para sempre,
não anules a aliança.

35*Não nos retires a tua misericórdia,
em atenção a Abraão, teu amigo,
a Isaac, teu servo,

36aos quais prometeste
multiplicar a sua descendência como as estrelas do céu,
e como a areia das praias do mar.

37Senhor, estamos reduzidos a nada diante das nações,
estamos hoje humilhados em face de toda a terra,
por causa dos nossos pecados.

38Agora não há nem príncipe,
nem profeta, nem chefe,
nem holocausto, nem sacrifício,
nem oblação, nem incenso,
nem um local para te oferecer as primícias
e encontrar misericórdia.

39Que pela contrição de coração
e humilhação de espírito,
sejamos acolhidos, como se trouxéssemos
holocaustos de carneiros e de touros
e de milhares de cordeiros gordos.

40Que este seja hoje diante de ti o nosso sacrifício;
possa ele reconciliar-nos contigo,
pois não têm que envergonhar-se
aqueles que em ti confiam.

41É de todo o coração que agora te seguimos,
te veneramos e procuramos a tua face;
não nos confundas.

42Trata-nos com a tua doçura habitual
e com todas as riquezas da tua misericórdia.

43Livra-nos pelos teus prodígios
e cobre de glória o teu nome, Senhor.

44Que sejam confundidos os que maltratam os teus servos,
que sintam vergonha, ao verem-se sem poder
e aniquilados na sua força.

45*Assim, saberão que Tu és o Senhor Deus único,
glorioso em toda a superfície da terra!

46Entretanto, os servos do rei, que os tinham lançado na fornalha, não cessavam de a aquecer com nafta, estopa, pez e lenha seca.47As chamas, que então subiam a quarenta e nove côvados acima da fornalha, 48desviando-se, queimaram os caldeus que se encontravam junto dela.
49O anjo do Senhor, porém, tinha descido até Azarias e seus companheiros e afastava o fogo da fornalha. 50Transformou o centro da fornalha num lugar onde soprava como que uma brisa matinal: o fogo nem sequer os tocou e não lhes causou qualquer mal nem a menor dor.

Cântico dos três jovens (Sl 136; 148)
51Os três jovens, então, não tiveram senão uma só voz para louvar, glorificar e bendizer a Deus, na fornalha, com este cântico:
52*«Bendito sejas, Senhor, Deus de nossos pais:
- digno de louvor e glória eternamente!
Bendito seja o teu nome santo e glorioso:
- digno de supremo louvor e exaltação eternamente!

53Bendito sejas no templo da tua santa glória:
- digno de supremo louvor e glória eternamente!

54*Bendito sejas por penetrares os abismos,
sentado sobre os querubins:
- digno de supremo louvor e exaltação eternamente!

55Bendito sejas no teu trono real:
- digno de supremo louvor e exaltação eternamente!

56Bendito sejas no firmamento dos céus:
- digno de supremo louvor e glória eternamente!

57*Obras do Senhor, bendizei todas o Senhor:
_ a Ele a glória e o louvor eternamente!

58Céus, bendizei o Senhor:
_ a Ele a glória e o louvor eternamente!

59Anjos do Senhor, bendizei o Senhor:
_ a Ele a glória e o louvor eternamente!

60Águas que estais acima dos céus, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

61Todos os poderes do universo, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

62Sol e Lua, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

63Estrelas dos céus, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

64Chuva e orvalho, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

65Todos os ventos, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

66Fogo e chama, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

67Frio e calor, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

68Orvalho e geada, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

69Frio e gelo, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

70Gelos e neves, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

71Noites e dias, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

72Luz e trevas, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

73Relâmpagos e nuvens, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

74Que a terra bendiga o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

75Montes e colinas, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

76Tudo o que germina na terra, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

77Mares e rios, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

78Fontes, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

79Monstros marinhos
e tudo o que se move nas águas, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

80Todas as aves do céu, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

81Todos os animais, selvagens e domésticos, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

82Vós, seres humanos, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

83Que Israel bendiga o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

84Sacerdotes, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

85Servos do Senhor, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

86Espíritos e almas dos justos, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!

87Santos e humildes de coração, bendizei o Senhor:
_ a Ele a glória e o louvor eternamente!

88Hananias, Azarias, Michael, bendizei o Senhor:
- a Ele a glória e o louvor eternamente!
Porque nos libertou da morada das sombras,
nos salvou do poder da morte;
tirou-nos da fornalha incandescente
e arrancou-nos do meio das chamas.

89Glorificai o Senhor, porque é bom,
porque a sua misericórdia é eterna.

90Vós, os piedosos, bendizei o Senhor, Deus dos deuses,
louvai-o, glorificai-o,
porque a sua misericórdia é eterna!»


A conversão do rei - 91*Então o rei Nabucodonosor, estupefacto, levantou-se repentinamente, dizendo para os seus conselheiros: «Não foram três homens, atados de pés e mãos, que lançámos ao fogo?»
Responderam eles ao rei: «Com certeza».
92*«Pois bem - replicou o rei - vejo quatro homens soltos, que passeiam no meio do fogo, sem este lhes causar mal; o quarto tem o aspecto de um filho de Deus.»
93*Por isso, Nabucodonosor aproximou-se da abertura da fornalha e gritou: «Chadrac, Mechac, Abed-Nego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde!» Logo Chadrac, Mechac e Abed-Nego saíram do meio do fogo. 94Os sátrapas, os prefeitos, os governadores e os conselheiros do rei, reunidos em volta, verificaram que o fogo não tinha tido qualquer efeito sobre o corpo daqueles homens, que nem um cabelo das suas cabeças tinha sido chamuscado, que as vestes deles estavam intactas e que nem mesmo traziam indício de cheiro a fogo. 95Nabucodonosor, tomando a palavra, disse:
«Bendito seja o Deus de Chadrac, de Mechac e de Abed-Nego! Ele enviou o seu anjo para libertar os seus servos que, confiando nele, expuseram a vida, transgredindo as ordens do rei, antes que prostrarem-se em adoração diante de um outro deus que não fosse o Deus deles.
96Estabeleço, pois, esta ordem: 'Em qualquer povo, nação ou língua, todo aquele que disser alguma coisa de mal contra o Deus de Chadrac, de Mechac e de Abed-Nego, será feito em pedaços e a sua casa reduzida a um montão de imundícies, porque não há outro Deus capaz de realizar uma tal libertação'.»
97Depois, o rei melhorou ainda a situação de Chadrac, de Mechac e de Abed-Nego, na província da Babilónia.

Novo sonho do rei: a árvore frondosa (Ez 31) - 98«O rei Nabucodonosor a todos os povos, nações e gentes de todas as línguas que habitam a terra: paz e prosperidade! 99Pareceu-me bom dar-vos a conhecer os milagres e prodígios que o Deus Altíssimo operou em meu favor.
100Oh! como os seus milagres são grandes
e os seus prodígios formidáveis!
O reino dele é um reino eterno!
O seu império vai de geração em geração.»

 

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