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Inteligência Espiritual
 

1.º Macabeus 4


4 Novas vitórias de Judas (2 Mac 8,23-29.34-36) - 1*Górgias tomou consigo cinco mil homens e mil cavaleiros escolhidos, e partiu ao anoitecer, 2a fim de surpreender o exército dos judeus e atacá-lo de surpresa. Os homens da cidadela serviam-lhe de guia. 3Mas Judas soube-o e, com os seus destemidos companheiros, saiu para atacar as forças do rei que estavam em Emaús, 4enquanto o grosso do exército estava espalhado na planície. 5Górgias chegou à noite ao campo de Judas, mas não encontrou ninguém. Procurou-os, então, nas montanhas, dizendo: «Fugiram de nós.»
6Mas Judas apareceu na planície, logo ao raiar do dia, com três mil homens, que não tinham as espadas e os escudos que desejavam. 7Viram o campo dos gentios forte, entrincheirado, cercado de cavalaria, formado por homens prontos para o combate. 8Judas disse aos que o acompanhavam: «Não temais o seu grande número, nem receeis o choque. 9Lembrai-vos como os nossos pais foram salvos no mar Vermelho, quando o Faraó os perseguiu com o seu exército. 10Elevemos, agora, ao céu a nossa voz, na esperança de que Ele se compadeça de nós, se lembre da aliança com os nossos antepassados e esmague, hoje, este exército diante dos nossos olhos. 11Todas as nações saberão que Israel tem um libertador e um salvador.»
12Levantando os olhos, os gentios viram-nos avançar contra eles 13e saíram do campo para os combater. Os soldados de Judas tocaram as trombetas. 14Travou-se a batalha, mas os inimigos foram derrotados e fugiram através da planície. 15*Todos os que se atrasaram, pereceram ao fio da espada. E os vencedores perseguiram-nos até Guézer e até às planícies da Idumeia, de Asdod e de Jâmnia. E sucumbiram cerca de três mil. 16Judas, regressando da perseguição, 17disse às suas tropas:
«Não vos apodereis dos despojos, porque nos espera outro combate.
18Górgias está perto de nós, na montanha, com as suas forças. Por agora, enfrentai o inimigo e combatei; depois, podereis apoderar-vos dos despojos, com segurança.»
19Com efeito, Judas ainda falava, quando apareceram alguns homens de Górgias, descendo da montanha. 20Ao verem que o exército tinha sido posto em fuga e o campo era pasto das chamas, porque o fumo que se via indicava bem o que acontecera, 21encheram-se de grande medo, que aumentou quando viram o exército de Judas na planície, pronto para o combate, 22e fugiram todos para a terra dos filisteus.
23Então, Judas voltou para recolher os despojos do campo e os seus homens apoderaram-se de muito ouro, prata, púrpura violeta e marinha e grandes riquezas. 24*No regresso, cantavam hinos e elevavam ao céu os louvores ao Senhor: «Porque Ele é bom e o seu amor é eterno.» 25Israel salvou-se, naquele dia, com esta grande vitória. 26Os pagãos, que escaparam foram contar a Lísias os acontecimentos, 27o qual, ao ouvir as notícias, ficou consternado e abatido, porque Israel não fora tratado, segundo o que prometera e conforme o rei ordenara.

Primeira campanha de Lísias (2 Mac 11,1-12) - 28No ano seguinte, Lísias reuniu sessenta mil homens escolhidos e cinco mil cavaleiros, para combater os judeus. 29Este exército veio pela Idumeia, acampar em Bet-Sur. Judas marchou ao seu encontro, com dez mil homens. 30À vista de tão poderoso exército, orou, nestes termos: «Sê bendito, Salvador de Israel! Tu que quebraste o ímpeto do gigante pela mão do teu servo David, e entregaste o exército dos filisteus nas mãos de Jónatas, filho de Saul, e do seu escudeiro, 31entrega este exército nas mãos do teu povo de Israel e confunde os nossos inimigos com as suas tropas e a sua cavalaria. 32Infunde-lhes terror, abate-lhes a presunçosa confiança no seu poder e envergonha-os na sua derrota. 33Derrota-os com a espada dos que te amam e que todos aqueles que conhecem o teu nome cantem os teus louvores.»
34Travou-se o combate e, do exército de Lísias, tombaram cinco mil homens, que sucumbiram diante deles. 35Lísias, ao ver a fuga do seu exército e a audácia dos judeus dispostos a viver ou a morrer gloriosamente, voltou para Antioquia a fim de recrutar mais mercenários, com o propósito de reaparecer na Judeia com um exército mais forte.

Purificação do templo - 36Judas e os seus irmãos disseram então: «Os nossos inimigos estão aniquilados; subamos, pois, purifiquemos e restauremos o santuário.»
37Reunido todo o exército, subiram ao monte de Sião. 38*Ao verem a desolação do santuário, o altar profanado, as portas queimadas, os átrios cheios de ervas, nascidas como num bosque ou nos montes, e os aposentos demolidos, 39rasgaram as vestes, lamentaram-se e deitaram cinza sobre a cabeça. 40Prostraram-se com o rosto por terra, tocaram as trombetas, e clamaram ao céu. 41*Então, Judas mandou um destacamento a combater os soldados da cidadela, enquanto purificavam o santuário. 42Depois, escolheu sacerdotes irrepreensíveis e zelosos pela lei, 43que purificaram o templo e transportaram para um lugar impuro as pedras contaminadas.
44Deliberaram entre si o que se deveria fazer do altar dos holocaustos, que fora profanado, 45e tomaram a boa resolução de o demolir, para que não recaísse sobre eles o opróbrio vindo da profanação dos gentios. Destruíram-no, portanto, 46e transportaram as pedras para um lugar conveniente sobre a montanha do templo, até que viesse algum profeta e decidisse o que se lhes devia fazer. 47E arranjaram as pedras intactas, segundo a lei, e construíram um novo altar, semelhante ao primeiro. 48Restauraram também o templo e o interior do templo e purificaram os átrios. 49Fizeram novos vasos sagrados e transportaram para o santuário o candelabro, o altar dos perfumes e a mesa. 50*Queimaram incenso sobre o altar, acenderam as lâmpadas do candelabro, para iluminar o templo, 51colocaram pães sobre a mesa e suspenderam os véus, terminando completamente o trabalho empreendido.
52No dia vinte e cinco do nono mês, que é o mês de Quisleu, do ano cento e quarenta e oito, levantaram-se muito cedo 53e ofereceram um sacrifício, segundo a lei, sobre o novo altar dos holocaustos, que tinham levantado. 54Precisamente no mesmo dia e na mesma hora em que os gentios o haviam profanado, o altar foi de novo consagrado ao som de cânticos, harpas, liras e címbalos. 55Todo o povo se prostrou com o rosto por terra, para adorar e bendizer aquele que lhes deu tão feliz triunfo. 56Durante oito dias celebraram a dedicação do altar e, com alegria, ofereceram holocaustos e sacrifícios de comunhão e de acção de graças. 57Adornaram a fachada do templo com coroas de ouro e com pequenos escudos, consagraram as entradas do templo e as salas, nas quais colocaram portas.
58Foi grande a alegria do povo, e foi afastado o opróbrio infligido pelas nações. 59*Judas e seus irmãos, assim como toda a assembleia de Israel, estabeleceram que os dias da dedicação do altar fossem celebrados, cada ano, na sua data própria, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Quisleu, com alegria e regozijo. 60Nessa ocasião, cercaram a montanha de Sião com uma alta muralha e fortes torres, para que os gentios não viessem derrubá-las, como outrora tinham feito. 61Judas pôs ali tropas para a guardar e fortificou também Bet-Sur, a fim de que o povo tivesse uma fortaleza de protecção frente à Idumeia.

 

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